Governo volta a acionar Supremo para pedir pressa sobre caso de Lula
AGU protocolou no sábado recurso contra decisão que barrou nomeação. Na sexta, Gilmar Mendes suspendeu nomeação de Lula para Casa Civil.
O governo federal voltou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)
neste domingo (20) para pedir pressa na análise da decisão que barrou a
nomeação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva no
cargo de ministro da Casa Civil. O novo pedido foi feito por meio de uma
medida cautelar incidental, quando é inserido dentro de outro pedido
anterior.
O pedido se refere ao recurso que a Advocacia-Geral da União
(AGU) protocolou neste sábado para tentar suspender mais de 50 ações
que questionam a nomeação, além da decisão do ministro Gilmar Mendes que
suspendeu a nomeação.
Ao decidir na sexta-feira pela suspensão da nomeação de Lula,
Gilmar Mendes argumentou que a nomeação tinha intenção de garantir a
Lula foro privilegiado e, assim, tirar as investigações sobre o petista
das mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava
Jato na primeira instância. Com a posse no ministério, passaria a ter
foro privilegiada e seria investigado exclusivamente pelo STF.
Em outra frente, advogados de defesa de Lula enviaram mais cedo ao ministro Teori
Zavascki pedido para que ele seja o responsável pela análise das ações
que tramitam no tribunal sobre a posse do ex-presidente na Casa Civil.
No documento protocolado neste domingo, a AGU reitera o pedido para
suspender o andamento de todos os processos e decisões judiciais sobre o
tema até o seu julgamento final pelo plenário da Corte, "a fim de
evitar a existência de decisões conflitantes acerca do tema".
A defesa se refere a ações como o mandado de segurança movido pela
oposição contra a posse de Lula no ministério. O pedido da oposição se
baseia em gravação autorizada pela Justiça de uma conversa entre Lula e
Dilma na véspera do dia em que ele tomou posse no ministério. Segundo
oposicionistas, a conversa evidencia que a presidente nomeou Lula para
evitar que ele fosse preso na Operação Lava Jato.
Obama chega a Cuba para visita histórica de três dias
É a primeira vez que um presidente americano visita a ilha em 88 anos. Encontro com Raúl Castro acontece nesta segunda-feira (21).
GNews - Barack Obama desembarca em Cuba (Foto: Reprodução/GloboNews)
O presidente americano Barack Obama chegou a Cuba na tarde deste
domingo (20) para a história visita de três dias a ilha. É a primeira
vez que um presidente dos Estados Unidos visita Cuba em 88 anos. O Air Force One, avião presidencial americano, pousou em Havana por volta das 17h20, horário de Brasília.
Obama deixou a Base Aérea de Andrews Air Force Base, em Washington,
pouco depois das 14h30 (horário de Brasília). O presidente americano
fica em Cuba até a próxima terça-feira (22).
O
presidente dos EUA, Barack Obama, publicou mensagem no Twitter ao
pousar em Cuba neste domingo (20) para uma visita histórica de três dias
(Foto: Reprodução/Twitter/POTUS)
Assim que chegou a Havana, Obama postou em sua conta oficial do
Twitter: "¿Que bolá Cuba? Just touched down here, looking forward to
meeting and hearing directly from the Cuban people."
Ainda neste domingo, Obama, a primeira-dama, Michelle Obama e as duas
filhas do casal visitarão a parte velha da capital e devem ser recebidos
na Catedral de Havana pelo cardeal Jaime Ortega, que apoiou, junto com o
Papa Francisco, as conversas para o acordo de normalização da relação entre EUA e Cuba.
O encontro com o presidente de Cuba, Raúl Castro, está previsto para
segunda-feira (21). Obama já adiantou que falará "diretamente" com seu
colega sobre os "obstáculos" para o exercício dos direitos humanos na
ilha.
Aproximação entre os países
A visita a Cuba era impensável até que Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castro
concordaram, em dezembro de 2014, em acabar com um distanciamento que
começou quando a revolução cubana derrubou um governo
pró-norte-americano em 1959.
Em julho, EUA e Cuba retomaram suas relações diplomáticas e abriram
embaixadas nos respectivos territórios depois de vários meses de
negociações que puseram um ponto final a mais de meio século de
ruptura. Anúncio de que os dois países retomariam suas relações foi
feito em dezembro do ano passado.
Apesar da reaproximação histórica, o embargo econômico imposto à ilha
ainda vigora. Seu levantamento, defendido por Obama, depende da
aprovação do Congresso dos EUA.
Air
Force One, avião presidencial dos Estados Unidos, chega em Havana, para
visita histórica a Cuba (Foto: Reprodução / Globo News)
Dissidentes são detidos
A poucas horas da chegada do presidente Barack Obama a
Havana, dezenas de opositores e ativistas das Damas de Branco que
protestavam contra o governo foram detidos e levados em veículos por
agentes do Estado na capital cubana, constataram jornalistas da AFP.
Os manifestantes, que como em todos os domingos se concentraram perto
de uma igreja para exigir respeito aos direitos humanos, foram
encurralados por agentes oficiais e grupos a favor do governo ao término
do protesto.
Obama chega a Cuba (Foto: Carlos Barria/Reuters)
Obama chega a Cuba com a família (Foto: Carlos Barria/Reuters)
Uma
mulher membro do grupo "Damas de Branco" grita enquanto é levada por
policiais horas antes da chegada do presidente dos EUA, Barack Obama,
para uma visita histórica em Havana, Cuba (Foto: Ueslei
Marcelino/Reuters)
Oposição no Senado critica declarações de Dilma sobre grampo: 'ela colapsou', diz Cássio
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), criticou nesta sexta-feira as declarações da presidente Dilma Rousseff quanto às gravações feitas pela Lava-Jato entre ela e o ex-presidente Lula. Durante evento realizado em Feira Santana (BA), a presidente Dilma disse que, no exterior, quem faz grampo das conversas de um mandatário vai para a cadeira. Caiado disse que é mais um "destempero" da petista.
— A presidente vem novamente nesta linha, criando uma fantasia de que não poderia estar numa escuta interceptada. O alvo não havia sido ela, mas o ex-presidente Lula. Dilma que deveria ter mais cuidado em saber com quem está falando e não trazer toda essa crise para dentro do Palácio do Planalto. É mais um destempero da presidente — disse Caiado, afirmando quem uma presidente da República "não pode fazer esse tipo de declaração".
Na mesma linha, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a presidente Dilma entrou em colapso.
— Essa pressão da presidente (contra quem grampeou) é mais um ato de desespero. Ela "colapsou". É uma sucessão de erros — disse Cássio Cunha Lima.
João Pessoa: Organização confirma 10 mil pessoas em protesto contra impeachment
Dez mil pessoas participam das manifestações em protesto contra o pedido de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff, nesta sexta-feira, 18, segundo a organização do evento. No entanto, a Polícia Militar ainda não informou o número obtido.
O protesto saiu da frente do colégio Lyceu Paraibano, no Centro de João Pessoa e segue em caminhada ao Ponto de Cem Réis e Praça dos Três Poderes. O objetivo é lembrar o golpe de 1964, quando os militares assumiram o poder no Brasil.
Representantes sindicais, do Movimento Sem Terra e da Central Única dos Trabalhadores compareceram ao evento. Indígenas também se engajam na luta por Democracia e contra impeachment de Dilma.
Com faixas, cartazes e gritos, os manifestantes pedem a saída de Eduardo Cunha, fazem críticas ao juiz Sérgio Moro e criticam a maneira de como a Operação Lava Jato foi conduzida.
Gilmar Mendes suspende posse de Lula e deixa investigação com Moro; pedido partiu do PPS
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes determinou nesta sexta-feira (18) a suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff. Ele determinou ainda que as investigações da Operação Lava Jato sobre o petista fiquem sob a condução do juiz Sérgio Moro.
Aumento de temperaturas em 2016 torna acordo urgente, dizem cientistas
Temperaturas globais ficaram 1,35ºC acima do normal para fevereiro. Especialistas consideram urgente implementação de acordo de Paris.
Homem joga água sobre o rosto para aliviar o calor: temperaturas no
início de 2016 tiveram alta (Foto: AP Photo/Mahesh Kumar A., File)
Um aumento recorde de temperaturas em 2016 ligado ao aquecimento global
e ao fenômeno climático El Niño no oceano Pacífico torna mais urgente a
adoção do acordo sobre o clima assinado por 195 nações em dezembro para
diminuir as emissões de gases do efeito estufa e assim frear as
mudanças climáticas, disseram cientistas nesta segunda-feira (14).
As temperaturas globais médias ficaram 1,35ºC acima do normal para
fevereiro no mês passado, a maior alta de temperatura de qualquer mês
levando em conta uma base de dados do período 1951-1980, de acordo com
informações da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgadas no
fim de semana.
O recorde anterior fora estabelecido em janeiro, resultante de um
aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera e do El Niño, que libera
calor a partir do Pacífico.
'Espantoso'
"Acho que até os climatologistas mais radicais estão olhando isso e
dizendo: 'Mas como é possível?'", disse David Carlson, diretor do
Programa Mundial de Pesquisas Sobre o Clima da Organização Meteorológica
Mundial, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), a respeito
da disparada nos termômetros.
"É espantoso", afirmou ele à Reuters. "Certamente é um planeta
alterado... isso nos deixa apreensivos quanto ao impacto no longo
prazo".
Cientistas dizem que o aquecimento global está causando chuvas e secas mais intensas e a elevação do nível dos mares.
Jean-Noel Thepaut, chefe do Serviço de Mudança Climática Copérnico, do
Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Alcance, disse que a
tendência de aquecimento no longo prazo "torna a implementação do
acordo de Paris urgente".
Ele enfatizou que 15 dos 16 anos mais quentes de que se tem registro aconteceram no século 21.
Em dezembro de 2015, 195 países presentes à cúpula do clima da ONU em
Paris firmaram um acordo com o objetivo de reduzir as emissões de gases
de efeito estufa a zero até 2100, abandonando os combustíveis fósseis em
favor de energias mais limpas, como a eólica e a solar.
'Para ela a vida é assim', diz pai de síria de 5 anos que só conhece a guerra
Guerra da Síria faz 5 anos, mesma idade de Mira, que mora em Damasco, Família tenta manter a rotina normal, apesar da restrição de movimentação.
Mira Almidani, 5, em foto tirada pela tela do computador durante entrevista (Foto: Reprodução/Skype)
Aos cinco anos de idade, a síria Mira Almidani não sabe o que é viver
em um país sem guerra. Ela nem fala do assunto com os pais. "Ela cresceu
aprendendo que a vida é assim", diz seu pai, Ahmad, um comerciante de
47 anos.
Considerado o principal conflito da atualidade, a guerra da Síria completa nesta terça-feira (14) cinco anos -- mesma idade de Mira.
A garota, que se mostrou sorridente e simpática na conversa do G1 pelo Skype com sua família, teve mais sorte do que outras crianças que moram em cidades como Aleppo, Raqqa e Palmira, onde os moradores convivem diariamente com bombas, tiros e o controle de jihadistas do Estado Islâmico.
Mira vive em Damasco,
capital do país, que ainda está sob o domínio do governo e mantém
alguma normalidade no meio do caos que se apodera de outras regiões
sírias. E é isso que os pais dela tentam fazer: manter a rotina o mais
normal possível.
Sem poder conhecer o mar
Mira com a irmã, Muzna, de 10 anos, em foto tirada pela tela do computador durante entrevista (Foto: Reprodução/Skype)
Ahmad, que é comerciante e vende roupas e bijuterias, afirma que
conseguiu manter o orçamento da família, mesmo com a economia fraca da
qual outros moradores se queixam. Sua mulher, Rahaf, de 37 anos, não
trabalha e cuida da casa e das filhas -- além de Mira, eles têm uma
menina de 10 anos, Muzna.
O casal sai para passear com as meninas, mas não consegue ir muito
longe. Eles só visitam parentes que moram dentro de Damasco, já que nos
arredores há muitas zonas de conflito. "O que mudou na nossa rotina foi a
restrição de movimentos. Não podemos mais fazer passeios para fora
porque não é seguro sair", diz Ahmad, que se pudesse, levaria Mira para
conhecer o mar.
Ela não pergunta [sobre a guerra] porque cresceu aprendendo que a vida é assim. Acabou se acostumando"
Ahmad, pai de Mira
A maioria da família de Ahmad continua na Síria: apenas um primo migrou
para o Brasil com a mulher e a filha pequena. O comerciante diz que
ninguém esperava que o conflito fosse se estender por tanto tempo. Mesmo
assim, não pensa em sair do país. "Essa é a minha terra. Nós somos
felizes", diz.
Ele espera que as filhas possam viver em breve em um ambiente de paz.
"Somos obrigados a lidar com essa realidade [da guerra], então o jeito é
ter paciência. Como qualquer pai, espero que elas tenham um futuro
maravilhoso."
Alheia à conversa sobre o assunto grave, Mira termina a entrevista
cantando uma cantiga local e mandando um recado em árabe para os
brasileiros: "Ana behebkon ktir" (eu amo muito vocês).
As crianças e a guerra
Crianças
sírias são vistas na entrada de abrigo improvisado em uma caverna em Om
al-Seer, no sábado (26) (Foto: Reuters/Khalil Ashawi)
Há cinco anos o presidente Bashar al-Assar enfrenta uma rebelião armada que tenta derrubá-lo do poder.
O dia 15 de março de 2011 é considerado o ponto inicial do conflito por
ter sido a data do primeiro grande protesto reivindicando mais
democracia e liberdades individuais, após adolescentes que pichavam
muros na cidade de Daraa terem sido presos e torturados, o que gerou
revolta popular.
A revolta popular contra o regime ganhou um caráter militar ante a
repressão do governo e se transformou em uma guerra civil complexa, na
qual se enfrentam tropas leais ao regime, vários grupos rebeldes
diferentes, organizações jihadistas, forças curdas e atores externos
como Rússia, Estados Unidos, França e Turquia.
O conflito afetou mais de 80% das crianças sírias (cerca de 8,5 milhões
no total), seja dentro do país ou como refugiadas, apontam dados da
Unicef divulgados na segunda-feira (14).
Ainda de acordo com esse estudo, chamado "No place for children" (Não é lugar para crianças), uma em cada três crianças do país nasceu em uma área de guerra desde que o conflito começou.
Segundo a agência das Nações Unidas, 306 mil crianças nasceram como
refugiadas desde 2011, muitas delas em países vizinhos à Síria (Turquia,
Líbano, Jordânia e Iraque), onde o número de refugiados é dez vezes
maior agora do que em 2012.
O número total de sírios que buscaram refúgio em países vizinhos desde o início do conflito já superou os 4,8 milhões,
enquanto os que fugiram para a Europa chegam a quase 900 mil, segundo
os dados mais recentes do Alto Comissariado da ONU para Refugiados
(Acnur).
Ex-presidente Lula deve aceitar convite de Dilma para ser ministro
Em
ministério, o líder petista ganha foro privilegiado, o que impede que
ele continue sendo investigado pelo Ministério Público em São Paulo e
também na operação Lava Jato
Lula e Dilma
Informações
confirmadas por assessores da presidente Dilma Rousseff indicam que
Lula deve aceitar o convite dela para se tornar ministro. Um encontro
entre os dois nesta terça-feira (15) deve ser realizado para discutir as
possibilidades. Há possibilidade de o ex-presidente ir para a
Secretaria de Governo, no lugar de Ricardo Berzoini, ou para a Casa
Civil, no lugar de Jaques Wagner.
A
entrada de Lula no governo pode ser um último recurso da equipe da
presidente para evitar um processo de impeachment contra ela. Além
disso, no ministério, o líder petista ganha foro privilegiado, o que
impede que ele continue sendo investigado pelo Ministério Público em São
Paulo e também na operação Lava Jato, em Curitiba. As investigações
seriam deslocadas para a Procuradoria¬ Geral da República, em Brasília,
sob supervisão do Supremo Tribunal Federal.
O ex-¬presidente
teria ficado mais confortável para aceitar gerir um ministério depois
que a juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São
Paulo, não decretou a prisão preventiva dele e decidiu transferir o
pedido para ser analisado em Curitiba, na Lava Jato.
Outono pode vir com chuvas mais fortes e Defesa Civil de JP mantém alerta
Ano de 2016 começou sob os efeitos do fenômeno El Niño, que atua desde o início de 2015
Defesa Civil de JP divulgou que está alerta
A
Defesa Civil de João Pessoa informou nesta segunda-feira (14) que
mantém o alerta para evitar desastres com as chuvas esperadas para os
próximos dias após o início do outono. A estação começou em 1º de março
e, segundo a Defesa Civil, poderá trazer chuvas fortes à Capital, com
pico em junho. Depois de um dia quente, com sol forte, a segunda-feira
(15) chegou à noite com chuva intensa em João Pessoa.
O
coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Noé Estrela, explica que
nos dois últimos anos não foram registradas inundações nem houve a
necessidade de desalojar famílias. Segundo ele, o mesmo resultado é
esperado em 2016.
“A redução dos transtornos é atribuída às
ações preventivas realizadas em toda a cidade através da Operação ‘João
Pessoa em Ação – Força Municipal de Prevenção de Riscos’. A operação
intensifica os serviços de limpeza visando diminuir os riscos de
desastres trazidos pelo período de chuvas”, disse.
As chuvas
mais fortes são creditadas por Noé às mudanças climáticas. “Podem
acontecer chuvas ainda mais fortes esse ano e estamos nos preparando
para evitar pontos de alagamento”, reforça.
O ano de 2016
começou sob os efeitos do fenômeno El Niño, que atua desde o início de
2015. O fenômeno foi classificado entre os três mais fortes das últimas
três décadas. O El Niño deve perder força a partir de abril.
De
acordo com previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) para
esta terça-feira (15), Litoral, Agreste e Brejo devem ter nebulosidade
variável com possibilidade de chuvas esparsas; Cariri, Curimataú, Sertão
e Alto Sertão devem ter nebulosidade variável. Possibilidade de chuvas
em áreas isoladas.
Lava Jato: juíza de SP manda denúncia contra Lula para as mãos de Sérgio Moro
A juíza responsável pela denúncia
por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica contra o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex no Guarujá (SP), Maria
Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, encaminhou nesta segunda-feira (14) o
caso para a 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. Portanto, a
denúncia será agora analisada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável
pela Operação Lava Jato.
Segundo a Promotoria criminal de São
Paulo, o imóvel pertence ao petista. Na última quinta-feira (10), o
MP-SP (Ministério Público de São Paulo) havia solicitado a prisão
preventiva de Lula. A denúncia também inclui a mulher de Lula, dona
Marisa Letícia, e seu filho Fábio Luiz Lula da Silva.
No pedido, os promotores alegam
que “patente a hipótese de necessidade de prisão preventiva do
denunciado por conveniência da instrução criminal, pois amplamente
provadas suas manobras violentas e de seus apoiadores, com defesa
pública e apoio até mesmo da Presidente da República, medidas que
somente tem por objetivo blindar o denunciado – erigindo-o a patamar de
cidadão ‘acima da lei’, algo inaceitável no Estado Democrático de
Direito brasileiro, pois é inadmissível permitir-se o tumulto do estado
normal de trâmite das investigações e do vindouro processo crime”.
Duas prefeituras inscrevem a partir desta segunda para 145 vagas na PB; veja editais
Matureia e Cachoeira dos Índios oferecem oportunidades no interior da Paraíba com remunerações que vão de R$ 880 a R$ 5 mil
As
prefeituras de Matureia, a 330 km de João Pessoa, e a Cachoeira dos
Índios, no Sertão da Paraíba, a 493 km da Capital, iniciam nesta
segunda-feira (14) as inscrições para concursos. São 103 oportunidades
com remunerações de até R$ 5 mil em Matureia. Confira o edital. Já em Cachoeira, são 42 vagas e remunerações de até R$ 1,7 mil. Confira aqui o edital.
Matureia
O
certame irá selecionar candidatos para funções em cargos de níveis
fundamental, médio e superior, com remunerações acrescidas de
gratificações.
As inscrições podem ser feitas de 14 de março a 8
de abril, pela internet. A taxa de inscrição é de R$ 30 e R$ 80,
dependendo do cargo pretendido, e todos os detalhes podem ser conferidos
no edital.
Cachoeira dos Índios
Os
interessados devem solicitar a participação até 10 de abril de 2016. As
taxas de inscrição custam R$ 50, R$ 55 e R$ 75, dependendo do cargo
desejado, e o pagamento deve ser efetuado via boleto bancário.
Ocorrerá
prova escrita, prevista pra ser aplicada em 15 de maio de 2016. Também
haverá provas prática e de títulos. O certame tem validade de dois anos e
pode ser prorrogado por igual período.
Mais uma entidade é habilitada pelo Procon-JP para fornecer carteiras de estudante
União Estadual dos Estudantes da Paraíba (UEEP) poderá confeccionar o documento para estudantes secundaristas
O
Procon-JP divulgou, nesta segunda-feira (14), mais uma entidade
autorizada a fornecer carteiras estudantis na Capital. Trata-se da União
Estadual dos Estudantes da Paraíba (UEEP), responsável pela confecção
de carteiras para estudantes secundaristas.
Já haviam sido habilitadas para o serviço outras cinco entidades:
Associação dos Estudantes Sucundaristas da Paraíba (Aesp), União
Paraibana dos Estudantes Sucundaristas (Upes), União dos Estudantes da
Paraíba (UEP), União dos Estudantes Secundaristas da Paraíba (Uesp) e
União Estadual dos Estudantes (UEE), que fornece carteirinhas para
estudantes universitários. Também poderão fornecer carteirinhas os DCEs da Faculdade Maurício de Nassau e Iesp/Fatec e o Conselho Universitário de Carteiras de Estudantes (CUC).
Conforme
Termo de Ajustamentos de Conduta (TAC) firmado com o Procon-JP, o valor
máximo a ser cobrado por cada documento será de até R$ 20 (presencial
ou pela internet), ficando a critério de cada entidade praticar um valor
abaixo desse teto. O prazo para a primeira remessa se estende até o dia
10 de abril.
Rio volta ao estágio de atenção após chuva durante a madrugada
Centro de Operações do Rio declarou alerta às 3h deste domingo. Uma pessoa morreu e outra está desaparecida.
Após temporal no início da noite deste sábado (12), o Rio voltou ao
estágio de atenção por volta das 3h deste domingo (13) devido à chuva
que foi registrada durante a madrugada. O alerta foi feito pelo Centro
de Operações da Prefeitura do Rio.
Segundo o Corpo de Bombeiros, uma pessoa morreu após um desabamento na
Chácara do Céu, na região do Leblon, ainda na noite de sábado. Há
possibilidade de que outras pessoas estejam soterradas no local.
Também de acordo com o Corpo de Bombeiros, uma pessoa desapareceu em
Rocha Miranda, na Zona Norte, após ser levada pela enxurrada. A vítima
teria se afogado na Rua dos Italianos. Até as 4h, as buscas ainda eram
realizadas no local.
Estágio de crise
Por volta das 20h, o temporal chegou a deixar a cidade em estágio de
crise. A chuva forte estava concentrada na região do maciço da Tijuca,
na Zona Norte, e deixou as ruas da Tijuca, Grajaú, Alto da Boa Vista
alagadas e com riscos de deslizamentos de encosta.
O estágio de crise, o mais grave dos três estágios, se caracteriza por
chuva forte, ocasionalmente muito forte nas próximas horas, podendo
causar múltiplos alagamentos e deslizamentos, além de transtornos
generalizados em uma ou mais regiões da cidade. As equipes de emergência
da Prefeitura já estão atuando.
Na Avenida Paula Souza, no Maracanã, a grade ajuda o casal a se proteger da intensidade da chuva
(Foto: Delmiro Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Temporal alagama a Avenida Paula Souza, no Maracanã (Foto: Delmiro Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Na Tijuca, a esquina da Rua Dr. Otávio Kelly com
General Espírito Santo Cardoso fica alagada. (Foto:
Lílian Estrella/Arquivo pessoal)
Apesar da inauguração do piscinão recentemente, a Praça da Bandeira
voltou a alagar e foi fechada para o trânsito - as Ruas do Matoso e
Barão de Iguatemio estavam entre as intransitáveis. Desde 5 de dezembro
de 2013 a Praça da Bandeira não alagava.
A Prefeitura do Rio pedia aos moradores que evitassem sair de casa
enquanto a chuva permanecesse forte. A previsão era que o temporal
durasse por pelo menos 1 hora.
Pelo Twitter, o prefeito Eduardo Paes enviou a seguinte mensagem:
"Estamos com um volume de chuvas muito grande no Maciço da Tijuca.
Portanto, moradores ou pessoas que se deslocam para as Zonas Norte e Sul
da cidade devem evitar sair de casa até que a situação melhore".
Esquina do Leblon alagada (Foto: Diana Bellizzi/
Arquivo pessoal)
Sirenes de alerta tocaram em 39 comunidades, principalmente na Zona Sul
e na região da Tijuca, para que os moradores buscassem pontos seguros
nas favelas. Às 20h15, o sistema Alerta Rio registrava 106,4 mm de chuva
no Vidigal e 105,2mm na Rocinha. No Alto da Boa Vista, o acumulado de
chuva da última hora de temporal, às 20h20 era de 83,2mm.
Segundo o Corpo de Bombeiros, houve um deslizamento de terra no Morro
da Mangueira, na Zona Norte, mas não houve registro de vítimas. O
deslizamento ocorreu na localidade conhecida como Buraco Quente.
Durante o temporal, a prefeitura recomendava que a população só se
deslocassem em caso de extrema necessidade, que motoristas evitassem
dirigir por ruas alagadas e que as pessoas buscassem abrigos seguros,
evitando contatos com postes ou equipamentos energizados. Além do mais
alertava para o risco de contaminação pelas águas dos alagamentos.
Rua Heitor Beltrão, na Tijuca, alagada
(Foto: Cristina Gonçalves/Arquivo pessoal)
Por causa da chuva forte, a Via Binário, na Zona Portuária foi fechada
ao tráfego no sentido Praça Mauá, a partir da Rodoviária Novo Rio, no
Santo Cristo. Uma das principais vias de acesso do Rio, a Avenida Brasil
registrava pontos de alagamento e lentidão no trânsito, na pista
sentido Centro, entre Ramos e Benfica e no sentido Zona Oeste, entre
Coelho Neto e Deodoro.
Às 20h30, segundo o Alerta Rio, a chuva já tinha diminuído bastante na
região da Tijuca. E começava a chover mais forte na Piedade e em
Madureira, no Subúrbio, na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, na Zona
Norte, e na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Uma árvore caiu na Rua Barão de Itapagipe, na Tijuca, interditando o
tráfego no trecho perto do Hospital da Aeronáutica, segundo o Centro de
Operações. Numa academia de Ipanema, na Zona SUl, a chuva fote inundou o
salão e provocou a qued de uma aprte do teto (veja o vídeo).
Por volta das 21h, segundo o Alerta Rio, a chuva diminuiu na maior
parte da cidade. Mas começou a chover forte na Região Oceânica, na Barra
da Tijuca, na Zona Oeste.
Chuva começou a se intensificar no início da noite
Depois de uma tarde tranquila, novas pancadas de chuva voltaram a
preocupar os cariocas, no início da noite. A cidade entrou em estágio de
atenção às 19h15. A chuva era forte em bairros da Zona Sul, como
Vidigal, Rocinha e Jardim Botânico, e no Alto da Boa Vista, Grajaú, São
Cristóvão e Tijuca, na Zona Norte, segundo informações do Alerta Rio.
Rua Visconde de Caravelas, em Botafogo, alagada
(Foto: Maria de Lourdes Norberto/Arquivo pessoal)
Um raio que caiu nas proximidades da Zona Sul, deixou bairros como o Jardim Botânico e a Lagoa momentaneamente sem energia.
O Rio enfrentou pancadas de chuva em vários pontos na manhã de sábado
(12). O clima, que estava com céu claro, mas com nuvens, mudou
rapidamente no fim da manhã. Em Botafogo, Zona Sul do Rio, houve vários
pontos de alagamento, como a Rua São Clemente. No Jacaré, na Zona Norte,
várias ruas também ficaram embaixo d'água.
Foram registradas pancadas de chuva muito forte na Tijuca, Muda, Santa
Teresa, e Laranjeiras. No Grajaú e em São Cristóvão também sofrem com
pancadas de moderada a forte.
A chuva também atingiu a Lagoa, Botafogo e Jardim Botânico. Era possível ouvir trovões em vários pontos do Rio.
Como informou o RJTV 1ª edição, o Aeroporto Santos Dumont, às 12h40,
operava com o auxílio de instrumentos e três voos foram cancelados.
Na Tijuca, alagamento na Rua do Matoso, esquina com Haddock Lobo (Foto: Rosana Rouvenat/Arquivo pessoal)
Alagamento na Praça Nelson Mandela, em Botafogo (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Chuva alaga Avenida Marquês de São Vicente, na Gávea (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Rua São Clemente, em Botafogo, ficou alagada (Foto: Nicolás Rey/G1)
Botafogo teve vários pontos de alagamento (Foto: Nicolás Rey/G1)
Chuva deixou o céu escuro na Lagoa (Foto: José Raphael Berredo/G1)
'Faço um apelo para que não haja violência', diz Dilma sobre protestos
Presidente sobrevoou a região atingida pelas chuvas na Grande SP. Ela afirmou que ninguém tem direito de ser violento.
A presidente da República, Dilma Rousseff, sobrevoa a cidade de Franco da Rocha (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
A presidente Dilma Rousseff
pediu para que as pessoas não sejam violentas durante as manifestações
contra seu governo programadas para domingo (13) em todo o país. Ela
sobrevoou de helicóptero, neste sábado (12), o município de Franco da Rocha e outras cidades da Grande São Paulo atingidas pela chuva na madrugada de sexta-feira (11).
"Eu faço um apelo para que não haja violência. Eu acho que todas as
pessoas tem direito à rua. Agora, a violência ninguém tem direito de
fazer. Ninguém. Lado nenhum", afirmou Dilma.
A presidente também pediu respeito aos manifestantes e que não haja
provocação entre os grupos que apoiam e são contra o governo. “Eu
acredito que o ato de amanhã deve ser tratado com todo o respeito. Não
acho que seja cabível e acho que é um desserviço para o Brasil qualquer
ação que constitua provocação, violência e atos de vandalismo de
qualquer espécie. Então faço um apelo. Um apelo pela paz. Pela paz e
pela democracia”, afirmou.
“Eu vivi em um momento em que se você se manifestasse, você ia preso.
Se discordasse, você ia preso. Nós agora, não. Nós vivemos um momento
que as pessoas podem se manifestar, podem externar o que pensam. E isso é
algo que nós temos de preservar", disse a presidente.
Dilma já havia falado sobre o direito à manifestação
na sexta-feira. "Temos que manter o que é vitória da democracia
brasileira e uma delas é o direito à manifestação", disse. Na ocasião,
ela disse que protestos são “momento importante” para o país porque,
segundo disse, afirmam a democracia. Ela pediu que os atos não sejam
“manchados” por episódios de violência.
Chuva em SP
Dilma se reuniu com prefeitos de Franco da Rocha, Francisco Morato e Mairiporã. Também participaram da reunião o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
e os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da
Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. Ela sobrevoou de helicóptero as
regiões atingidas pelas enchentes.
Sobre a chuva, Dilma anunciou que o governo federal vai liberar um
cartão para prefeitos das cidades da Grande São Paulo atingidas pela
chuva da madrugada de sexta-feira (12). O cartão para gastos imediatos
será para prefeituras que tiveram o estado de emergência homologado. As
famílias de áreas de riscos desses municípios terão prioridade no
programa Minha Casa e Minha Vida, segundo a presidente.
Na Grande São Paulo, as chuvas causaram deslizamentos, alagaram ruas e
deixaram pessoas desabrigadas. De acordo com a Defesa Civil estadual,
foram registradas ao menos 18 mortes na região da Grande São Paulo e mais duas no interior.
"Nós liberamos, a partir do reconhecimento do estado de emergencia, um
cartão para o prefeito fazer os pagamentos menores mediante
comprovação", disse. A presidente ainda afirmou que as famílias em áreas
de risco dessas cidades atingidas terão prioridade no Programa Minha
Casa Minha Vida.
Situação política
Neste sábado, enquanto Dilma estava em SP, ocorria a convenção do PMDB em Brasília. No evento,o vice-presidente da República, Michel Temer, foi reconduzido ao cargo pelos próximos dois anos.
Os temas que predominaram nos discursos dos peemedebistas foram a defesa do impeachment de Dilma,
o rompimento com o governo e um maior protagonismo do PMDB na política
nacional. Também foram ouvidos da plateia vários gritos de "Fora, Dilma"
e "Temer presidente".
Embora o PMDB
detenha seis ministérios, nenhum dos oradores inscritos para discursar
defendeu o governo. Estavam presentes à convenção os ministros Hélder
Barbalho (Portos), Marcelo Castro (Saúde), Eduardo Braga (Minas e
Energia), Henrique Alves (Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), mas nenhum deles se manifestou em defesa do governo.
O PMDB decidiu que a legenda não assumirá ministérios até definir se romperá ou não com o governo Dilma Rousseff. O PMDB definirá, em até 30 dias, se vai se tornar independente.
Juiz solicita mais tempo para decidir sobre a prisão do ex-presidente Lula
A decisão mais aguardada pelo país
atualmente está nas mãos de uma mulher, e não é a presidente Dilma
Rousseff. À juíza Maria Veiga Oliveira, da quarta vara criminal de São
Paulo, cabe resolver se o antecessor da petista, Luiz Inácio Lula da
Silva, será encarcerado ou não. É esperada uma resposta na próxima
semana — a data ainda é um mistério. O Ministério Público de São Paulo
pediu a prisão preventiva do ex-presidente ao apresentar a denúncia por
fraudes na Bancoop, cooperativa falida de bancários de São Paulo. Para
os promotores do caso, Lula deve ser tirado das ruas por prejuízo à
ordem pública e por debochar do MP e do Judiciário.
Os promotores Cássio Conserino, José
Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo entregaram na quarta-feira
denúncia contra Lula por lavagem de dinheiro e por falsidade ideológica,
o que pode resultar em penas combinadas de quatro a 13 anos de cadeia. A
mulher de Lula, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Luís,
também foram denunciados por lavagem de dinheiro. Outras 13 pessoas são
arroladas na denúncia, incluindo o ex-tesoureiro do PT João Vaccari
Neto, preso em Curitiba no âmbito das investigações da Operação
Lava-Jato.
Ontem, ela determinou a manutenção do
segredo de Justiça do processo. Ressaltou, em despacho, que “se trata de
processo de elevada repercussão social, em que há acusações contra
ex-presidente da República e requerimento de medidas cautelares sérias”,
referência ao pedido de prisão de Lula. A juíza escreveu também que
será “necessária a detida apreciação do todo o material apresentado, o
que demandará algum tempo”.
O pedido de prisão de Lula causou
comoção internacional. Uma declaração em sua defesa foi assinada pelo
ex-secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) Juan
Manuel Insulza e por 14 ex-chefes de Estado ou de governo, incluindo os
ex-presidentes da Argentina Cristina Kirchner e Eduardo Duhalde; o
chileno Ricardo Lagos; o uruguaio José Mujica; o paraguaio Fernando
Lugo; e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe Gonzales. No texto, eles
afirmam que “Lula não se considera nem está acima da lei. Mas tampouco
pode ser objeto de injustificados ataques à sua integridade pessoal”.
Causou mal-estar ontem entre
integrantes do Ministério Público em vários locais do país o pedido de
prisão, que consideram infundados. Blat comentou que os críticos “são
juristas que não conhecem os autos”. Blat também reagiu com irritação ao
ser questionado sobre a citação errada do filósofo Friedrich Hegel —
eles queriam, na verdade, mencionar Friedrich Engels, autor do Manifesto
Comunista. “Vão caçar o que fazer. Vão catar coquinho”, afirmou. “É
claro que nós sabemos a diferença entre Engels e Hegel. Numa peça de 200
laudas, falando de crimes essenciais, vão preferir ficar discutindo
filosofia?”, disparou.
Quiosques da Lagoa são transferidos para área do Mangabeira Shopping, em JP
Lanchonetes
serão administradas por comerciantes que deixaram a Lagoa no último
ano, o que foi necessário para a execução do projeto de revitalização do
Parque Solon de Lucena
Quiosques ficam em frente ao Mangabeira Shopping
Os
comerciantes que antes ocupavam o Parque Solon de Lucena, no Centro,
foram transferidos para o bairro de Mangabeira, na Zona Sul de João
Pessoa, onde receberam nessa sexta-feira (11) quiosques da prefeitura.
Dez
novos quiosques foram entregues na Avenida Hilton Souto Maior, em
frente ao Mangabeira Shopping. As lanchonetes serão administradas por
comerciantes que deixaram a Lagoa no último ano, o que foi necessário
para a execução do projeto de revitalização do Parque Solon de Lucena.
Os
quiosques possuem 23 metros quadrados cada, pias, balcão e bancadas de
granito, além de água e luz individuais. A estrutura montada ainda conta
com uma bateria de banheiros e um pátio frontal com acesso por escada
ou rampa. No total, foram investidos R$ 270 mil.
Jovens nem chegam aos 20, mas entram na política e têm esperança de mudar o país
Eles acreditam no papel transformador e reconhecem a função determinante da política na vida dos brasileiros
José, Cynthia e Antônio sonham em mudar o Brasil
Em
outubro acontecem novas eleições, assim como é feito a cada dois anos
no Brasil desde 1988. O ato de cidadania e dever do eleitor é cumprido
também por aqueles que ainda não são obrigados por lei a comparecer às
urnas. Os adolescentes de 16 e 17 podem, e participam por vontade e
estímulos próprios da escolha daqueles que irão gerir e legislar os
municípios, estados e o país. Na Paraíba, no último pleito federal de
2014, essa faixa do eleitorado atingiu 55.113 votantes, o que representa
1,9% dos eleitores no estado, mas esse número tende a crescer todos os
anos e o interesse dos garotos vai além de votar. Muitos adolescentes e
jovens, desde cedo, querem participar ativamente da vida pública e da
política, ansiando muitas vezes, no futuro, estar no lugar daqueles que
hoje eles apenas podem escolher como seus representantes.
Esses
jovens acreditam no papel transformador que têm e reconhecem a função
determinante da política na vida dos brasileiros, por isso, eles buscam
conhecer o trabalho dos legisladores e gestores e querem participar, não
apenas das eleições, mas também da organização de grupos, de protestos e
do debate sobre o futuro da saúde, educação, economia e das
transformações sociais do país.
O interesse pela política surge
da motivação de transformar a sociedade, de acompanhar as eleições que
acontecem em suas cidades ou apenas da necessidade de discutir assuntos
importantes para a democracia, como conta a estudante de 16 anos Cinthya
Casado, que desde cedo descobriu sua vocação para a política. “Sempre
gostei de formar opiniões sobre diversos temas polêmicos. No meu último
ano do Ensino Médio quando fui convidada para fazer parte do grêmio
estudantil da minha escola, não perdi tempo e aceitei imediatamente o
convite. A partir daí passei a pesquisar mais sobre a atuação dos jovens
na sociedade, qual de fato é o nosso papel e sobre nossa atuação como
cidadãos. A fascinação com a atuação dos jovens durante a história
política no nosso país foi o que me motivou a ser mais interessada sobre
esse assunto”.
Cinthya participou em 2015 do Parlamento Jovem Brasileiro,
programa anual promovido pela Câmara dos Deputados, que dá a
oportunidade a jovens, entre 16 e 22 anos de escolas públicas ou
particulares, de vivenciarem por cinco dias a jornada de trabalho dos
deputados federais. Para ela, que detém o mandato de deputada jovem da
Paraíba por um ano, a experiência foi única. “A nossa jornada em
Brasília foi uma loucura. Trabalhamos literalmente. Divididos em quatro
comissões, analisamos e votamos os projetos. Participamos de palestras,
consultorias sobre constitucionalidade e adequação financeira. Ter a
oportunidade de conhecer de dentro a administração do país foi um
momento único”, explica entusiasmada.
Crise traz jovens à discussão
A
crise institucional e econômica instalada no país acendeu o
protagonismo da juventude em grandes mobilizações que tomaram as ruas de
diversas cidades do Brasil, inclusive, João Pessoa e Campina Grande,
desde de 2013, quando em São Paulo um grupo de jovens inconformados com o
aumento da passagem do transporte coletivo ocuparam, em protesto, a
Avenida Paulista e outras ruas importantes do centro econômico do país.
Trabalhando
na Rede Margarida Pró-Criança e Adolescentes, que promove o incentivo
da protagonismo infantil e juvenil até adolescência, Rose Veloso, relata
que as crianças e adolescentes já despertam para a política e sabem que
podem e devem cobrar dos representantes eleitos. “Os políticos são
servidores públicos em defesa do bem comum. Já se perdeu o mito de que
eles estão inacessíveis do controle social. Então, o que percebemos é
uma geração mais atenta, que cobra o cumprimento dos serviços públicos.
Há uma mudança de reflexão de algo que parecia distante, mas eles já
descobriram que podem reivindicar. Eles buscam saber o que podem fazer e
a quem reclamar”.
Os jovens discordam da forma de governar, da
economia, da mídia e vão à luta para serem escutados, sempre na
esperança de ajudar a sociedade. “Nosso país está passando por maus
bocados, crise política, mídia tendenciosa e discurso de ódio. Esses
três aspectos se encontram de forma expressiva e que precisam ser
modificados, mas como?”, questiona o universitário José Oliveira de
apenas 19 anos.
Ele mesmo dá a resposta para sua indagação,
enxergando os obstáculos que serão encontrados pela frente para que haja
uma verdadeira transformação na democracia brasileira, mas sem perder a
esperança. “Esperar políticos melhores em um ambiente tomado pelo poder
do capital dos empresários é muito difícil, mas a luta dos brasileiros
está se fortalecendo, com universidades e escolas comprometidas a
desenvolver projetos para discussão, debate e pesquisa científica acerca
de problemas políticos são válidos e isso irá se refletir para um
futuro melhor, um futuro com brasileiros comprometidos para lutar pela
mudança”, acredita.
Hoje, cursando Direito no Centro Universitário
de João Pessoa (Unipê), José Oliveira, também participou do programa
Parlamento Jovem Brasileiro. Para ele, a corrupção inverte os valores
dos cidadãos e já se instalou no comportamento social dos brasileiros
como “erva daninha”. “É notório aspectos pequenos de corrupção serem
tratados como normais, em momentos onde nós, eu e você, pensamos que não
estamos privando ninguém de um direito, mas estamos. Isso se reflete na
política de forma alarmante, onde temos os nossos representantes
confundindo o público com o privado, não sabendo separar o que realmente
é seu e o que não é”, reflete.
A mesma linha de raciocínio é
seguida pelo estudante Antônio Júnior, de 16 anos. Para ele, os
políticos corruptores devem ser punidos legal e moralmente, mas os
pequenos atos desonestos cometidos por pessoas comuns, como o exemplo
simples de tentar conseguir vantagens em um emprego por ser amigo ou
parente do dono da empresa, também não podem passar em branco e ser
considerados “normais”. “Não devemos culpar apenas os políticos, eles
estão errados por roubar o dinheiro público, mas nós também somos
corruptos e, se quisermos que eles não sejam, também devemos ser
corretos e não cometer pequenos atos ilícitos, como furar filas. Se o
povo faz esses pequenos atos ilícitos os políticos serão consequência
disso”, afirma Antônio, completando que a educação é a solução para o
combate à corrupção.
Esperança dos jovens
Nem
a crise a econômica, nem o mar de escândalos de corrupção envolvendo
políticos, a exemplo do mais recente deflagrado pela Polícia Federal,
como a operação ‘Lava Jato’, – que trazem provas que levaram à prisão,
por exemplo, do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto – fazem com que
esses jovens percam a esperança de encontrar alternativas para
solucionar os problemas do sistema político e institucional do Brasil.
“Estamos
em um tempo em que não podemos e nem conseguimos confiar nos que se
dizem ser políticos em nosso país. Mesmo alguns dos que se dizem
honestos caem no terrível lema do ‘muito se fala e pouco se faz’. Muitos
não têm uma perspectiva de mudança no cenário político brasileiro. Eu,
ao contrário de muitos, acredito sim que haverá uma mudança, e que ela
virá acompanhada dos jovens. Nós que temos uma sede enorme de progresso,
justiça, igualdade e democracia”, diz Cinthya com confiança.
A
coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Criança e
do Adolescente do Ministério Público, promotora Soraya Escorel, entende
como positivo o engajamento dos jovens na política, que, mesmo com pouca
experiência de vida, já demonstram grande maturidade a respeito dos
direitos e deveres de todos. Para ela, a esperança sem medidas não faz
dos jovens iludidos, mas sim, planta neles um sentimento que serve como
combustível para trabalhar por melhorias.
“Eu acredito muito nas
pessoas que se interessam pela vida com um todo. Por mais jovens que
sejam, eles querem se aperfeiçoar naquilo que envolve a política,
conhecer as dificuldades públicas, conhecer caminhos para modificar os
problemas sociais. Existem sonhos nesses jovens a serem realizados.
Decepções eles vão ter, como nós todos temos, mas a vontade deles por
mudanças com certeza vai fazer a diferença”, opina.
Nesse
contexto, Antônio pede o engajamento dos jovens como agentes
transformadores. “Eu espero que mais cidadãos venham participar cada vez
mais da nossa política. Exercer a cidadania não é apenas votar, mas
participar, buscando fiscalizar o seu representante, participar de
programas que incentivem a política, de protestos e até você conversar
com amigos e familiares sobre a política do país; isso é exercer
cidadania, é ser brasileiro”, dá a receita.
Por dentro do Congresso Nacional
Antônio
Júnior conta que desde de novo é interessado pela política e no ano
passado, assim como, Cinthya Casado e José Oliveira, teve a experiência
no Legislativo, mas em outro programa promovido pelo Congresso Nacional.
Ele participou do Jovem Senador,
um projeto anual do Senado Federal, que proporciona aos estudantes de
até 19 anos, do ensino médio das escolas públicas estaduais e do
Distrito Federal, conhecimento sobre a estrutura e do funcionamento do
Poder Legislativo no Brasil.
O estudante do terceiro ano do
Ensino Médio da Escola Estadual Professor José Soares de Carvalho, em
João Pessoa, descreve como os seis dias no Senado enriqueceram o
conhecimento sobre a política e como ele passou a valorizar mais o
trabalho dos parlamentares. “Foi uma experiência importante, pois
podemos presenciar como é a vida do legislador. Conhecemos mais como os
senadores e deputados trabalham. Muitas vezes dizemos que eles não fazem
nada, mas é puxado, a gente acha que não faz muita coisa, mas muitas
vezes não conhecemos a atividade do legislador, não buscamos
informações”, pontua.
Nas atividades no Parlamento, ele conheceu
de perto como funciona o trâmite para que um projeto de lei seja
aprovado. Antônio conta que foram formadas três comissões e cada uma
ficou com nove senadores jovens. Ele foi integrante da dos Direitos
Humanos e Constitucionais. O projeto apresentado por ele determina a
disponibilização pela Justiça Eleitoral para estar nos locais de votação
para coleta de assinaturas de projetos de lei de iniciativa popular.
“Atualmente para tramitar no Congresso Nacional, um projeto de
iniciativa popular precisa de mais de um milhão de assinaturas de
moradores de pelo menos cinco estados. Nossa intenção é facilitar o
trâmite e no dia em que o eleitor for dar seu voto, ele também possa ter
a opção de conhecer esses projetos e, se concordar, assinar lá mesmo”,
explica.
No Parlamento Jovem, José Oliveira, explana que, além da
troca de conhecimento sobre política e cultura com pessoas de todo o
país, ele pôde “ter a oportunidade de ser protagonista de todo o
processo” democrático. Como o jovem mesmo esclarece, para participar do
programa é necessário preparar um projeto de lei. “A experiência é
marcante e transformadora; a visão do processo político é totalmente
modificada e mais límpida para o leigo no assunto. Nos faz analisar e
cobrar de políticos em momentos de deslize, pois temos conhecimento não
só teórico, mas prático do processo”.
Já pensando como gente
grande, Cinthya Casado dá detalhes de como foi o processo para
participar no Parlamento Jovem: “Eu tive que escrever um projeto de lei.
O meu dispõe sobre a prorrogação do tempo de licença maternidade para
casos de gestação de múltiplos. Os projetos são submetidos a duas
etapas, nas quais, no caso da Paraíba, primeiramente oito são
pré-selecionados e finalmente apenas dois são classificados”.
Os
programas no Congresso credibilizam o trabalho dos jovens e dão a eles
voz com poder de atuação. Sem descartar tudo o que foi produzido, os
projetos de leis apresentados pelos jovens parlamentares, por vezes,
chegam aos deputados e senadores como é o caso do PLS 586/2015, que
trata sobre uma nova alternativa para o ingresso em universidades
federais, que inclui no processo de seleção as notas obtidas pelos
estudantes durante o ensino médio A proposta começou a ser analisada no
Senado no início de janeiro e partiu de estudantes que integraram o
programa Jovem Senador.
Além do discurso
Esses
jovens não querem ficar apenas no discurso, mas sim, partir para ação.
Eles pretendem, no futuro, colocar em prática as mudanças que tanto
almejam e, para isso, entrarão, quando permitido por lei, de acordo com a
idade, no processo de disputa eleitoral em busca de um mandato eletivo.
A
experiência no Senado Federal para Antônio foi tão satisfatória, que
ele não esconde o desejo de conquistar no voto o direito de ocupar a
cadeira de senador por oito anos. “Antes mesmo do programa Jovem Senador
eu já tinha vontade de disputar uma eleição. Era um objetivo, agora que
eu vi como é fantástico, eu quero ter a chance de me tornar senador”.
Cinthya,
que antes não tinha interesse em desempenhar um papel de legisladora ou
gestora, conta que mudou de ideia após participar do Parlamento Jovem e
pontua os motivos. “Eu tinha outros planos para minha vida; hoje, posso
dizer que há uma possibilidade. Eu quero poder contribuir para o
progresso da nossa nação, eu quero poder fazer parte da história
política brasileira e assim contribuindo positivamente nas principais
decisões desse país”.
José define um mandato eletivo como um
período de entrega total do indivíduo, chegando a ser considerado por
ele como um dom, pois segundo o jovem, o político se abstêm da vida
privada para servir à população. Apesar disso, ele que participa do
movimento social Levante Popular da Juventude, ainda se mostra receoso
com o atual sistema político do país, mas também não descarta o desafio,
quando questionado, de entrar para vida pública. “Não no atual sistema
político, mas já pensei a respeito”.
A promotora Soraya Escorel vê
um movimento contínuo de preocupação dos jovens com os problemas da
sociedade e sede de solucioná-los. Por isso, ela afirma que a vocação é
diferencial para se tornar um bom político. “Quanto mais esses jovens
amadurecem, mais eles querem se aperfeiçoar. Tem pessoas que deixam se
contaminar facilmente, mas existem aqueles que realmente têm vocação
para a política e vão fazer a diferença. Eles têm sonhos, vão atrás,
mesmo sendo muito jovens são cidadãos honrados e querem construir uma
história transformadora na política”, finaliza.