Moradores denunciam que estão perdendo casas do governo para criminosos
Procurador geral do Estado afirma que há repressão para resolver os casos; Cehap orienta procurar a Justiça para reintegração de posse
Mutuários de imóveis financiados por programas da Companhia Estadual de Habitação (Cehap), localizados no bairro Colinas do Sul, na Zona Sul da Capital, denunciam que vêm sendo ameaçados constantemente por pessoas que, segundos eles, são criminosas. Os proprietários saem para trabalhar e temem perder casas e apartamentos, que estariam sendo invadidos por pessoas que aproveitam essa ausência nos imóveis.
Segundo relato de alguns desses moradores, os invasores se apossam das residências populares sempre que as encontram vazias. “Eles batem na porta e se não ouvirem ninguém falar nada, então arrombam, entram e não saem mais. Uma vez viajei, passei oito dias fora e quando voltei, tinha outras pessoas que estavam morando na minha casa”, revela uma pessoa que não quer se identificar e se diz lesada.
A Cehap, que responde pelo condomínio do Colinas, afirma que, apesar de entregar as casas para as pessoas devidamente cadastradas, não pode retirar as descritas pelos denunciantes como ‘invasoras’ porque isso depende de questões judiciais. A companhia orienta que aquele que tiver perdido o imóvel por algum tipo de invasão, deve acionar a Justiça para iniciar procedimentos de reintegração de posse. Com o documento em mãos, a Cehap é acionada e pode ir junto com a polícia para retirar invasores do imóvel.
A Companhia informa ainda que algumas dessas pessoas que fazem reclamações também podem ter alugado ou posto a residência à venda, práticas proibidas para casas populares, e depois a querem de volta ou tentam conseguir outra através dos benefícios sociais.
O procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, diz que o Ministério Público foi acionado para resolver o problema. “Já há muitos pedidos de reintegração de posse, o que demanda mais tempo e torna o andamento judicial mais lento".
Os moradores que alegam enfrentar esses problemas afirmam: “não vamos descansar até conseguir de volta o que é nosso”.
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