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terça-feira, 28 de agosto de 2012

NA VOLTA AO TRABALHO!


Após voltar de greve, HU quer atender 15 mil esta semana

Os serviços que dependem de professores ainda estão prejudicados, já que os docentes não retomaram suas atividades.



Servidores do HU passaram quase 80 dias em greve


Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (27) depois de quase 80 dias em greve (movimento iniciou em 11 de junho). No Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), os serviços suspensos começaram a ser retomados e, segundo a direção médica do ambulatório, mais de 15 mil consultas agendadas não foram realizadas e o atendimento deve ser feito até o final desta semana. Cerca de 160 mil procedimentos deixaram de ser realizados por causa da paralisação, segundo a Direção Médica do HU.  Ontem, pacientes voltaram sem atendimento.

Os serviços que dependem de professores ainda estão prejudicados, já que os docentes não retomaram suas atividades. Na Biblioteca Central, estudantes têm até 27 de setembro para devolver livros sem multas. 

Inicialmente, a direção do HULW estabeleceu esta semana para atendimento das consultas atrasadas e a próxima para os retornos não realizados devido à greve. A demanda no primeiro dia, entretanto, ficou abaixo do esperado e alguns retornos começaram a ser agendados. “No ambulatório, são feitos cerca de mil atendimentos por dia. Mas, como a demanda foi baixa, a partir desta terça, vamos atender tudo”, explica Valério Vascocelos, diretor médico do hospital.

Espera de 3 meses

Rosileide Maria de Oliveira foi uma das pacientes que conseguiu ser atendida. “Meu caso era de retorno, mas o médico disse que quem fosse caso de cirurgia poderia ser atendido hoje”, conta a paciente, que aguarda há mais de três meses para fazer uma cirurgia na garganta e ainda não conseguiu agendar. “O médico mandou voltar dentro de 30 dias, porque um dos meus exames vai precisar ser refeito”, explica.

“Primeiro, me disseram que eu precisaria vir na semana que vem, porque meu caso é de retorno. Depois me disseram pra vir quarta, para marcar, e não sei se já é pra ser atendida. Mas eu só venho segunda mesmo, porque não sou daqui e não posso vir novamente essa semana”, afirma Sandra Teixeira, que é de Sapé e fez a primeira consulta há cerca de três meses.

Prejuízos


De acordo com dados do serviço de faturamento do HULW, em junho e julho - dois primeiros meses da greve - apenas 5.082 consultas foram realizadas. Em abril e maio - dois últimos meses antes da paralisação - foram 31.290. Para Mariane de Oliveira, coordenadora técnica de enfermagem do ambulatório, apesar da reposição do que foi agendado antes da greve, parte do prejuízo é irreparável. “Os atendimentos que nos foram encaminhados e não puderam ser recebidos foram perdidos. Esse prejuízo não tem como ressarcir”, afirma.

A parte de cirurgias foi outra que ficou prejudicada. Em abril e maio, foram feitos 1.147 procedimentos. Em junho e julho, foram apenas 329.

Sem serviços

Apesar do retorno dos servidores, alguns setores do HULW ainda ficarão prejudicados, porque dependem de professores, que continuam em greve. Isso não deve prejudicar o cronograma de atendimentos. Apenas o atendimento odontológico, que depende totalmente de professores, continua parado. 

Biblioteca


As atividades na Biblioteca Central da UFPB também foram retomadas ontem. De acordo com Sônia Suely Araújo, diretora do sistema de bibliotecas, os estudantes que deveriam ter devolvido livros em uma data que caiu no período de greve têm até 27 de setembro para fazer a devolução sem multa. Quem deveria ter entregue antes da paralisação e não o fez, pagará a multa referente apenas aos dias atrasados durante o expediente normal, antes da greve.

No Restaurante Universitário, os residentes continuam tendo acesso às refeições, serviço que não parou durante a greve. O atendimento amplo, entretanto, só será retomado com o reinício das aulas.

CG: 111 ainda em greve 

Campina Grande - Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) retomaram ontem as funções. Entretanto, no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), os 42 médicos que voltaram a trabalhar, estão marcando consultas apenas para setembro. Cento e onze médicos que atuam no HU permanecem em greve, por tempo indeterminado. As aulas na universidade continuam suspensas, já que os professores continuam a paralisação. Segundo a Associação dos Docentes da UFCG (AdufCG), o comando de greve local vai manter o movimento mesmo após o dia 31. Amanhã, representantes do movimento estarão na Comissão de Educação do Senado em Brasília, para mais uma rodada de negociações. 

De acordo com a coordenadora do Centro de Assistência Especial de Saúde e Ensino (Caese), do HUAC, Magda Ramos, dos 111 médicos que continuam em greve, 58 são docentes do MEC e 53 são médicos assistenciais do Ministério da Saúde (MS). “Os profissionais que estão retornando às atividades são os servidores técnico-administrativos do MEC. É para este contingente de médicos que estamos marcando os retornos e consultas para a próxima semana. Como nesta última semana de agosto houve a suspensão da agenda por conta da greve, não houve agendamento para esta semana, por isso, só a partir da semana que vem”, explicou. 

Com o retorno às atividades, o atendimento ambulatorial, (marcação de exames, consultas e retorno médico), voltou a funcionar em 21 especialidades. As cirurgias dependem de anestesistas, mas só dois dos oito profissionais retomaram as funções, os demais estão cumprindo apenas 30% da carga horária. “As consultas e retornos com estes médicos estão sendo marcados na parte da manhã esta semana. Mas é importante que os pacientes liguem para o hospital para ver se os médicos que os atendiam estão na relação dos que voltaram”, esclareceu Magda. Os telefones de contato do HUAC são 2101 5570 e 2101 5538.

Outros setores voltaram a funcionar ontem, como a Biblioteca Central.

Professores parados


Os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB) realizaram assembleia na manhã de ontem, onde ficou decidido manter a greve. Funcionários também não deverão assinar o acordo proposto pelo MEC enquanto as negociações com os docentes não forem reabertas. As deliberações serão encaminhadas à plenária do Sindicato Nacional dos Servidores Federais (Sinasefe) que ocorre amanhã, às 08h, em Brasília. 

Os docentes da UFPB também realizarão assembleia amanhã, às 09h no Centro de Vivência, onde será discutida a proposta de reabertura de negociações protocolada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) no último dia 23 junto ao MEC e Ministério do Planejamento.

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