Gleisi diz que revogação da prisão do marido foi medida 'fundamental'
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comemorou nesta quarta-feira (29) a revogação da prisão do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A parlamentar disse que a decisão do magistrado era “fundamental” porque, para ela, a prisão “não tinha base nenhuma”.
“Isso é fundamental para mim, para nós
que estamos aqui, porque não tinha base nenhuma para essa prisão
acontecer, nenhuma. Quem leu, inclusive, a decisão judicial em que se
baseou a prisão, não precisa nem ser advogado, via de pronto a
fragilidade”, afirmou a senadora.
A declaração foi dada durante sessão da Comissão Especial do Impeachment, da qual Gleisi é integrante titular.
Mais cedo, nesta quarta, Dias Toffoli
atendeu a pedido de Paulo Bernardo e revogou a prisão do ex-ministro. O
magistrado, no entanto, recusou outra solicitação da defesa do petista
para que o caso fosse encaminhado da Justiça Federal de São Paulo para o
STF.
Ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff,
Paulo Bernardo foi preso na última quinta (23) pela Operação Custo
Brasil, da Polícia Federal (PF), um desdobramento da Lava Jato.
Gleisi Hoffmann disse ainda que ela e o marido são pessoas públicas e nunca se negaram a prestar contas à Justiça.
“Somos pessoas públicas e respondemos
por tudo que fazemos. Agora, não podemos admitir que a Justiça não seja
seguida, que a Constituição não seja respeitada”, complementou a
senadora criticando a decisão da Justiça Federal de São Paulo.
Na comissão, Gleisi leu parte da
decisão do ministro do STF em que Dias Toffoli afirmou que a prisão
configurava “flagrante constrangimento ilegal, passível de correção por
habeas corpus de ofício”.
Na volta ao Senado, na última segunda-feira (27), Gleisi afirmou que a prisão do marido pela Polícia Federal foi “midiática” e teve “clara intenção de constranger” o ex-ministro e sua família.
FONTE: G1
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