Vigente há dois anos, Plano Nacional de Educação não saiu do papel
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Metade da população infantil de até três anos de idade deveria estar em
creches, mas temos 2,5 milhões de crianças sem tal atendimento.
- Este ano, todas as crianças entre 4 e 5 anos deveriam estar na pré-escola, mas ainda há 700 mil crianças não matriculadas.
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Em 2016, 100% dos jovens entre 15 e 17 anos deveriam estar cursando o
ensino médio; no entanto, 1,6 milhão desses jovens estão fora da escola.
É a futura “geração nem-nem”: os jovens entre 18 e 25 anos que nem
estudam nem trabalham, e são 20% da população brasileira dessa faixa
etária.
A meta 15 previa o início de uma política nacional de
formação docente. Apesar disso, até o momento só 32,8% dos mestres dos
anos finais do ensino fundamental têm licenciatura na área em que atuam e
25% dos professores da educação básica não têm curso superior.
O
monitoramento dos avanços deveria ser reportado periodicamente na
internet, pelo MEC, mas nenhuma satisfação foi dada à sociedade.
É
claro que a crise econômica e a turbulência política mudaram as
prioridades e a educação, mais uma vez, ficou em segundo plano. Mas a
letargia na passagem dos planos à ação indica também falhas graves na
gestão da área educacional. Não é raro, que na educação pública, se
façam reuniões e comissões nos âmbitos municipal, estadual e federal,
gastando um tempo valioso para redigir planos que, pouco depois, caem no
esquecimento.
Há saídas: em primeiro lugar, os planos precisam
ser elaborados com as ferramentas básicas da gestão contemporânea: o
cronograma de ações, a divisão de responsabilidades, o estudo de
alocação das verbas, os indicadores de controle e avaliação. Além disso,
é preciso que a educação seja entendida de uma vez por todas como
prioridade e que haja continuidade nas políticas, em vez de cada governo
começar do zero. Se não for assim, poderão entrar e sair os
presidentes, oficiais ou interinos, mas a mudança não sairá do papel.
FONTE: G1
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