Faltando um mês para a Copa, Brasil envia 30 mil militares para as fronteiras
As Forças Armadas iniciaram neste sábado (10) uma operação de
fiscalização nas fronteiras com a participação de 30 mil militares da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica e que este ano integram o esquema
de segurança da Copa do Mundo, que começa em 33 dias.
Trata-se da Operação Ágata 8, uma mobilização especial que as Forças
Armadas realizam anualmente nos 16.886 quilômetros de fronteiras com
outros dez países sul-americanos e que este ano foi incluída nos planos
de segurança do Mundial, informou o Ministério da Defesa em comunicado.
A operação começou pela manhã deste sábado (10), se estenderá até o
final da Copa e conta com a participação não apenas de militares do
Exército, da Marinha e das Força Aérea, mas também da Polícia Militar,
da Polícia Rodoviária, da Polícia Federal e de outros organismos, como a
Alfândega e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis).
— A Ágata é a maior mobilização realizada pelo Estado no combate aos ilícitos de Norte a Sul do país, entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS) — diz o comunicado do Ministério da Defesa.
— A Ágata é a maior mobilização realizada pelo Estado no combate aos ilícitos de Norte a Sul do país, entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS) — diz o comunicado do Ministério da Defesa.
A nota esclarece que as autoridades dos países vizinhos foram
informadas previamente sobre a intensa mobilização militar. De acordo
com o ministério, diante os compromissos assumidos pelo país para
organizar um Mundial que será disputado em 12 cidades de diferentes
regiões do país, o governo decidiu que a oitava edição de Ágata se
estendesse a todas as fronteiras terrestres e não apenas a uma parte.
A operação de 2014 é semelhante em extensão, mas não em números, à
realizada no ano passado pouco antes de o país sediar a Copa das
Confederações, considerada preparatória para o Mundial. O objetivo da
mobilização militar é combater os principais crimes fronteiriços:
narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições,
crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegais.
O Ágata 8 é coordenado de oito centros de comando em cidades próximas
às fronteiras como Manaus e Belém, no Norte; Campo Grande, no Oeste; e
Porto Alegre, no Sul.
A Marinha mobilizou navios de patrulha fluvial e navios de assistência
hospitalar, assim como helicópteros UH-12 (Esquilo), lanchas, balsas e
agências escolas flutuantes.
O exército, por sua vez, pôs em operação membros de diferentes
batalhões de Infantaria de Selva, Infantaria de Frontera e Mecanizado,
assim como unidades de Engenharia, Cavalaria, Logística, Aviação, e
Comunicações e Guerra Eletrônica. Segundo o Ministério da Defesa, a
chamada faixa de fronteira, ou seja todo o território brasileiro a menos
de 150 quilômetros da fronteira, compreende 27% da extensão do país e
abrange 122 municípios limítrofes e 588 não limítrofes.
Além das fronteiras, as Forças Armadas também serão mobilizadas nas
cidades sedes do Mundial para garantir a segurança durante o evento.
A operação planejada pelo governo para garantir a segurança das
fronteiras durante a Copa, que prevê a mobilização de 170 mil policiais e
soldados e investimentos de R$ 1,9 bilhão, é a maior já realizada para
um campeonato da Fifa, segundo fontes oficiais. Na operação participarão
150 mil agentes dos diferentes corpos de Polícia e das Forças Armadas,
assim como 20 mil agentes de segurança privada que atuarão dentro dos
estádios.
FONTE: R7
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