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domingo, 15 de dezembro de 2013

BRASIL

Usina hidrelétrica de Belo Monte divide as opiniões em Altamira

Bênção ou flagelo? A usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, ainda divide opiniões em Altamira, típica cidade amazônica encravada no centro do Pará.

Para 43% de seus moradores, segundo pesquisa Datafolha, a cidade ficará melhor quando terminar a construção da usina, em 2019. Outros 44% predizem que ela estará pior -um claro empate técnico (a pesquisa de opinião tem margem de erro de cinco pontos percentuais, para mais ou para menos).
Já quando se trata do presente e de ganhos pessoais, Belo Monte conquista a aprovação da maioria dos altamirenses: 51% dos ouvidos acham que a hidrelétrica lhes trouxe mais benefícios que prejuízos. A razão, óbvia, é a geração de empregos, apontada por 66% como principal ponto positivo da obra.

Editoria de Arte/Folhapress 
INCHAÇO
A cidade vive uma espécie de "corrida do ouro" desde o início das obras, há dois anos e meio. O empreendimento de R$ 30 bilhões fez a população altamirense saltar de 100 mil, no Censo de 2010, para mais de 140 mil, na avaliação da prefeitura.
Como resultado, a infraestrutura urbana, que já era precária, entrou em crise. O trânsito piorou muito, com o inchaço súbito da frota de motocicletas e a falta de fiscalização. Quase um terço dos entrevistados pelo Datafolha dizem dirigi-las sem a necessária habilitação.
Quando a obra terminar e todas as 24 turbinas estiverem funcionando, a capacidade instalada de Belo Monte será de 11.233 megawatts (MW). Mas, como tem reservatórios pequenos, a usina vai gerar uma média de apenas 4.571 MW.
Lalo de Almeida - 3.set.13/Folhapress
 
Rio Xingu, próximo ao local onde esta sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte


FONTE: Folha

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