Ricardo anuncia primeira fábrica da cadeia produtiva da FIAT
Com estes recursos, os investimentos privados na Paraíba nos últimos 3 anos totalizam R$ 4,4 bilhões
Além desta, também será instalada na Paraíba a primeira indústria da cadeia produtiva da Fiat na Paraíba, a GME Brasil. Juntas, ela irão investir quase R$ 2 bilhões e gerar mais de 6 mil empregos diretos e indiretos. As duas empresas assinaram protocolos de intenção com o Governo do Estado, em solenidade realizada no Palácio da Redenção.
O investimento previsto para a construção da Empresa de Docagens Pedra do Ingá (EDPI) em Lucena é de R$ 1,9 bilhão, a qual deverá gerar 1.500 empregos diretos e outros 4.500 postos de trabalho indiretos. Já a GME Brasil vai se instalar em Caaporã, com aporte financeiro de R$ 6 milhões. Os empreendimentos incentivados pelo Governo do Estado colocam a Paraíba como protagonista nos segmentos naval e automotivo.
“É uma nova realidade que surge para Lucena, estagnada depois da proibição da pesca da baleia, e toda Paraíba. E agora temos o maior investimento que este estado já viu naquela região. Vamos mudando a cada dia o perfil da Paraíba, com este investimento de projeção internacional. E outros mais que verificam na Paraíba um ambiente preparado para estimular a iniciativa privada, o desenvolvimento econômico e social”, pontuou o governador Ricardo Coutinho, comentando sobre o marco histórico que as empresas representam na economia paraibana.
Com estes recursos, os investimentos privados na Paraíba nos últimos 3 anos totalizam R$ 4,4 bilhões. “Estes números são o fruto do esforço de toda equipe na estruturação da Paraíba e captação de investimentos. Com uma política ofensiva para compensar o tempo que o Estado passou no atraso, garantindo a competitividade regional e nacional. E queremos mais, estamos abrindo parques industriais e construindo condições para o estado, as empresas e a população ganhar”, destacou Ricardo Coutinho.
Estiveram presentes à solenidade, o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira; o secretário de Estado da Receita, Marialvo Laureano; o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano; a presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba, Tatiana Domiciano; além do deputado estadual Mikika Leitão.
O prefeito de Lucena, Marcelo Sales, participou da assinatura de protocolos e destacou a mudança que será provocada na economia do município. “Nossa cidade a partir de hoje é outra. Lucena era muito carente de emprego e renda. A proibição da pesca da baleia desempregou mil famílias. Agora, a solução que o governador disse que encontraria, chegou. Todos estão de parabéns e agora é a redenção da nossa cidade”, comemorou.
Referência mundial- A Empresa de Docagens Pedra do Ingá construirá no distrito de Costinha, em Lucena, um estaleiro de reparo de grande porte. Será o maior estaleiro de reparos e docagens de navios do hemisfério Sul, e comparável às maiores instalações do gênero no mundo, com previsão para iniciar suas operações em 2017.
De acordo com o secretário executivo de Indústria e Comércio, Marcos Procópio, o empreendimento é o de maior projeção na Paraíba, pelo aspecto do valor de investimento (R$1,9 bilhão) e pelo surgimento de uma nova matriz de desenvolvimento. “É um projeto de valores e localização que colocam a Paraíba como referência para as embarcações que transitam pelo Atlântico e precisam, a cada 5 anos fazer revisões e reparos”, comentou o secretário.
Representante do grupo de investidores McQuilling Services LLC, Celso Souza, destacou que as primeiras operações do estaleiro deverão começar em aproximadamente dois anos. “Estaremos desde já iniciando o projeto para instalação, cuidando de todos critérios estruturantes e ambientais para termos pleno sucesso no empreendimento. Para chegarmos à funcionalidade plena, levaremos 36 meses, gerando emprego para os paraibanos desde a construção até o funcionamento do estaleiro”, detalhou. O nome Empresa de Docagens Pedra do Ingá foi escolhido, segundo Celso, para homenagear o estado diante da hospitalidade recebida desde as primeiras tratativas com o governo local.
A outra indústria anunciada na tarde desta quinta-feira foi a EFG - Automação e Robotização de Linhas de Montagem, pertencente ao Grupo GME Brasil. O projeto da multinacional automotiva terá investimentos de R$ 6 milhões, e a previsão inicial é de gerar 120 empregos diretos. A empresa será construída em Caaporã, e seu objetivo é atender a demanda das três novas linhas de produtos que serão desenvolvidas na planta de Goiana, no vizinho estado de Pernambuco.
De acordo com o diretor comercial do Grupo GME, Geraldo Lima, a empresa projeta e constrói as máquinas que fazem a montagem dos veículos, bem como os robôs e os programas que são usados no processo. Na Paraíba, a unidade será responsável por desenvolver os equipamentos utilizados pela Fiat, que está sendo construída em Goiana, Pernambuco. O projeto é o primeiro da cadeia produtiva da montadora a instalar-se no Estado.
“Verificamos que a região de Goiana estava já saturada de empreendimentos e a Paraíba mostrou-nos ótimas condições de investimentos. E não tivemos dúvidas na escolha do Estado. Já temos 30 jovens paraibanos recebendo treinamentos em nossa sede, no Paraná. E queremos já nas primeiras quinzenas do próximo ano iniciar os trabalhos em Caaporã”, detalhou.
Para a presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, a região de Goiana, do lado pernambucano, e Caaporã, na Paraíba, é de interesse comum entre os dois estados e ambos só têm a ganhar com a vinda das empresas. “Vivemos um momento positivo para o Litoral Sul da Paraíba. Tanto com os empreendimentos focado em nosso estado, como o Polo Cimenteiro, que nos fará o segundo maior produtor do país. Assim como a Fiat em Pernambuco, permite que empresas complementares venham para nosso estado, além de gerar emprego e renda para os paraibanos nos dois lados da divisa”, comentou a presidente.
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