Candidatos à Prefeitura de JP poderão gastar mais de R$ 2 mi com eleições; vereadores R$ 204,7 mil
Aqueles que pretendem assumir a vaga de prefeito da capital
paraibana têm como limite de gastos com campanha eleitoral R$ 1,8 milhão no
primeiro turno e R$ 552 mil, caso a eleição precise de segundo turno. Já
os vereadores poderão gastar até R$ 204,7 mil.
O limite de gastos
para candidatos a prefeito e vereador em cada um dos 5.570 municípios
brasileiros foi divulgado no último dia 28 de dezembro pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), com base numa lei de setembro que fixou os tetos para as
despesas das campanhas.
Cada candidato a
prefeito da capital paulista, por exemplo, poderá gastar R$ 33,9 milhões no
primeiro turno e R$ 10,1 milhões no segundo turno, se houver.
Em Belo Horizonte, o
teto será de R$ 19,9 milhões e R$ 5,9 milhões, respectivamente.
No Rio de Janeiro,
quem se candidatar à Prefeitura terá um limite de despesas de R$ 14,8 milhões
no primeiro turno e R$ 4,4 milhões no segundo.
Esses limites, porém, ainda deverão subir cerca de 30%, correspondentes à inflação acumulada entre outubro de 2012 a junho deste ano (levando em conta as projeções do mercado).
Esses limites, porém, ainda deverão subir cerca de 30%, correspondentes à inflação acumulada entre outubro de 2012 a junho deste ano (levando em conta as projeções do mercado).
A ordem das capitais
com maior limite de gastos (veja na tabela
ao lado) corresponde ao
ranking das campanhas mais caras de 2012.
Isso porque a
minirreforma eleitoral definiu os atuais limites com base nos maiores gastos
realizados em cada cidade na eleição passada.
A nova lei
estabeleceu que o teto para cada candidato gastar no primeiro turno em 2016
será de 70% do gasto total do candidato que mais gastou em 2012.
No caso dos pleitos
que tiveram dois turnos, o limite será de 50% da campanha mais cara. Para o
segundo turno deste ano, o limite será de 30% do teto estabelecido para o
primeiro turno.
Nos municípios com até 10 mil eleitores, o limite será único: até R$ 100 mil para candidatos a prefeito e até R$ 10 mil para vereador.
Campanhas mais baratas
Nos municípios com até 10 mil eleitores, o limite será único: até R$ 100 mil para candidatos a prefeito e até R$ 10 mil para vereador.
Campanhas mais baratas
Antes da minirreforma eleitoral, eram os
próprios candidatos que definiam o quanto iam gastar, sem limite fixo, e só
informavam o valor à Justiça para posterior verificação com as receitas
captadas.
O objetivo da nova
lei foi reduzir o custo das campanhas, impondo também um tempo menor de
campanha, cujo período caiu pela metade.
Se antes as campanhas
iam de julho a outubro (ou novembro, em caso de segundo turno), agora começam
em 16 de agosto.
Outra mudança --
promovida, porém, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -- foi a proibição das
doações de empresas para partidos e candidatos.
Com isso, a
arrecadação virá somente do Fundo Partidário (dinheiro público repassado às
legendas) e de doações de pessoas físicas.
O G1 conversou com consultores, estrategistas e analistas de campanha para saber o impacto dessas mudanças nas campanhas deste ano. Na opinião deles, os limites devem favorecer os políticos que já são conhecidos pela população.
O ministro do TSE Henrique Neves, avalia, porém, que nas capitais e grandes cidades, os candidatos poderão ter dificuldade para arrecadar o valor-limite para as campanhas, sobretudo considerando a proibição das doações de empresas.
O G1 conversou com consultores, estrategistas e analistas de campanha para saber o impacto dessas mudanças nas campanhas deste ano. Na opinião deles, os limites devem favorecer os políticos que já são conhecidos pela população.
O ministro do TSE Henrique Neves, avalia, porém, que nas capitais e grandes cidades, os candidatos poderão ter dificuldade para arrecadar o valor-limite para as campanhas, sobretudo considerando a proibição das doações de empresas.
"Imagina-se que
nas grandes cidades, que têm limite alto, o candidato vai ter dificuldade de
arrecadar dinheiro. Em São Paulo, por exemplo, como é que um candidato vai
fazer para arrecadar R$ 33 milhões, se empresa não pode mais doar? Já quem tem
limite baixo, como é o caso dos candidatos a vereador no interior, vai ter o
perigo de estourar o teto", afirmou.
LIMITES * DE GASTOS PARA CANDIDATOS |
|||
---|---|---|---|
Capital |
Prefeito 1º turno |
Prefeito 2º turno |
Vereador |
São Paulo |
R$ 33,9 milhões |
R$ 10,1 milhões |
R$ 2,4 milhões |
Belo Horizonte |
R$ 19,9 milhões |
R$ 5,9 milhões |
R$ 454,2 mil |
Rio de Janeiro |
R$ 14,8 milhões |
R$ 4,4 milhões |
R$ 1,04 milhão |
Salvador |
R$ 10,9 milhões |
R$ 3,2 milhões |
R$ 296,5 mil |
Fortaleza |
R$ 9,2 milhões |
R$ 2,7 milhões |
R$ 343,9 mil |
Curitiba |
R$ 7,1 milhões |
R$ 2,1 milhões |
R$ 348,1 mil |
Cuiabá |
R$ 6,73 milhões |
R$ 2,01 milhões |
R$ 367,8 mil |
Manaus |
R$ 6,71 milhões |
R$ 2,01 milhões |
R$ 19,9 milhões |
Palmas |
R$ 5,8 milhões |
** |
R$ 631,6 mil |
Campo Grande |
R$ 4,99 milhões |
R$ 1,49 milhão |
R$ 480,7 mil |
Recife |
R$ 4,93 milhões |
R$ 1,48 milhão |
R$ 663,5 mil |
Vitória |
R$ 4,8 milhões |
R$ 1,44 milhão |
R$ 98,2 mil |
Porto Alegre |
R$ 4,3 milhões |
R$ 1,3 milhão |
R$ 321 mil |
Goiânia |
R$ 4,2 milhões |
R$ 1,27 milhão |
R$ 388,4 mil |
Natal |
R$ 4,1 milhões |
R$ 1,23 milhão |
R$ 253,9 mil |
Maceió |
R$ 3,3 milhões |
R$ 1,01 milhão |
R$ 164,7 mil |
Aracaju |
R$ 2,8 milhões |
R$ 843 mil |
R$ 122 mil |
Florianópolis |
R$ 2,7 milhões |
R$ 813 mil |
R$ 127,8 mil |
São Luís |
R$ 2,3 milhões |
R$ 704 mil |
R$ 330,8 mil |
Porto Velho |
R$ 2,2 milhões |
R$ 663 mil |
R$ 104,5 mil |
João Pessoa |
R$ 1,8 milhão |
R$ 552 mil |
R$ 204,7 mil |
Teresina |
R$ 1,6 milhão |
R$ 491 mil |
R$ 155,7 mil |
Boa Vista |
R$ 1,3 milhão |
** |
R$ 257,1 mil |
Belém |
R$ 1,05 milhão |
R$ 317 mil |
R$ 287,4 mil |
Macapá |
R$ 884 mil |
R$ 265 mil |
R$ 99,5 mil |
Rio Branco |
R$ 166 mil |
R$ 49,8 mil |
R$ 89,2 mil |
* Valores deverão ser corrigidos pelo INPC de out.2012 a jun.2016 ** Capitais com menos de 200 mil eleitores, onde não há segundo turno Fonte: Tribunal Superior Eleitoral |
---|
FONTE: Redação com G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário