conversa dois: Temer diz a Dilma que governo precisa ouvir mais
Na primeira conversa entre os
dois em 2016, o vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira
(20) à presidente Dilma Rousseff que o governo precisa falar menos,
ouvir mais e mostrar que está disposto ao diálogo com a sociedade.
No encontro, Temer afirmou que participará no fim do mês da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como “conselhão”, informaram ao G1 assessores presidenciais.
Segundo interlocutores do vice, a
presidente disse que a reunião será importante para discutir a
conjuntura com representantes da sociedade.
A relação entre Dilma e Temer sofreu um abalo no mês passado, quando o vice enviou uma carta à
presidente na qual afirmou que ela não confia nele e relacionou
episódios que, segundo escreveu, evidenciavam isso. Após a carta, eles
afirmaram que a relação entre ambos passaria a ser “institucional”. Há cerca de 15 dias, Temer declarou que terá uma relação "harmoniosa" com Dilma em 2016. Na semana passada, em café da manhã com jornalistas, perguntada sobre Temer, a presidente disse ter “toda consideração” por ele.
Depois da conversa a sós com Temer,
que durou 16 minutos, Dilma chamou os ministros Jaques Wagner e Ricardo
Berzoini para participarem da reunião, no Palácio do Planalto.
'Conselhão'
O “conselhão” é presidido por
Dilma e composto por representantes do setor empresarial, da sociedade,
de sindicatos, de movimentos sociais e integrantes do governo federal.
Embora sem confirmação oficial, a
expectativa é de que o conselho se reúna no próximo dia 28. A lista dos
participantes ainda não foi divulgada oficialmente pela Secretaria de
Comunicação Social da Presidência. A última reunião do órgão foi em
junho de 2014.
Desde que chegou ao Planalto, em
janeiro de 2011, Dilma comandou sete reuniões do "conselhão". Em três,
Temer participou: em abril de 2011, em julho de 2013, e em abril de
2014.
Dilma também comentou com o vice as
previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia e,
mencionando o cenário econômico mundial, disse ao vice que não é só o
Brasil que está com problemas.
FONTE: G1
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