Após motim e cinco mortes, cenário em prisão de Cascavel é de destruição
Imagens
mostram como ficou o interior da Penitenciária Estadual de Cascavel,
após a rebelião de 45 horas que terminou com ao menos cinco mortos. O
local foi completamente destruído pelos amotinados. Dezenas de armas
artesanais também foram encontradas
O cenário encontrado na Penitenciária Estadual de Cascavel (PR), onde uma rebelião iniciada no domingo (24) e que se arrastou por cerca de 45 horas, é de completa destruição. Na tarde desta terça-feira (26), o Depen (Departamento Penitenciário do Estado) autorizou o acesso da imprensa ao local, onde cinco presos foram assassinados e 25 ficaram feridos.
Sete presos estão desaparecidos, e ainda não se sabe o que
aconteceu com eles. "Podem estar mortos, ter fugido ou estar escondidos
em algum local no interior da unidade", afirmou o diretor do Depen,
Cezinando Paredes.
O diretor não descarta que os corpos dos desaparecidos estejam
carbonizados em uma ala onde os agentes ainda não entraram por haver
riscos de desabamento. No local, funcionava uma fábrica de botinas que
foi incendiada durante a rebelião. O cenário na penitenciária parece de
guerra, com destruição de praticamente todas as celas. Durante todo o
dia, agentes penitenciários retiraram armas artesanais, chamadas de
estoques, que foram usadas para manter presos reféns e decapitar dois
detentos.
Outros três presos morreram ao ser lançados do telhado do presídio, de aproximadamente 15 metros. Roupas, calçados, livros, comida, colchões queimados e materiais de higiene se misturavam com muita sujeira espalhadas pelo chão.
IMAGENS RELIGIOSAS
Imagens religiosas podem ser vistas nas paredes ao lado de
inscrições da sigla PCC (Primeiro Comando da Capital), facção com raízes
em São Paulo. Alguns amotinados se identificaram como integrantes da
facção criminosa.
Um agente penitenciário que preferiu não se identificar relatou que as portas dos corredores que dão acesso às galerias onde estão as celas eram todas automáticas, mas que conforme começavam a apresentar problemas eram transformadas em manuais. "Não tem investimento por parte do Estado", diz.
A varredura no local deve demorar pelo menos dez dias, segundo o
diretor do Depen. Depois, serão feitos laudos que irão apontar o que foi
avariado para dar início a um processo de licitação para reformar a
unidade prisional.
FONTE: Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário