Jornal Valor Econômico destaca investimentos privados na Paraíba
O jornal Valor Econômico destacou, em suplemento
especial sobre a Região Nordeste, os investimentos realizados na
Paraíba. A reportagem frisou que o estado deve receber R$ 5,8 bilhões da
iniciativa privada nos próximos anos, com destaque para as quatro novas
fábricas de cimento que estão sendo instaladas.
A presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, foi
entrevistada pela reportagem e destacou que a vocação econômica da
Paraíba vai além do setor cimenteiro. “Temos vocação para os setores
têxtil, calçadista, tecnologia da informação, comércio, turismo”,
afirmou.
Na matéria, executivos da Votorantim Cimentos,
Brennand Cimentos, Alpargatas e Penalty apontaram as potencialidades da
Paraíba. “O potencial econômico do mercado paraibano fica evidente em
iniciativas como a construção do Distrito Industrial de Caaporã,
autorizada recentemente, e na estrutura logística, com a proximidade dos
portos de Cabedelo, Recife e Suape e dos aeroportos da Região
Metropolitana de João Pessoa e Recife”, disse Edvaldo Rabelo, diretor
executivo global de Energia, Sustentabilidade e Segurança da Votorantim
Cimentos.
Confira a reportagem na íntegra
Paraíba espera R$ 5,8 bi da iniciativa privada
Nos próximos anos, a Paraíba deve receber um total
de R$ 5,8 bilhões em investimentos privados, segundo a Companhia de
Desenvolvimento da Paraíba (Cinep). O principal investimento será na
indústria de cimento, o que deve transformar o Estado no segundo maior
produtor do país. Quatro novas fábricas (Brennand, Votorantim, Elizabeth
Cimentos e Cimpor - que abrirá sua segunda unidade no mercado
paraibano) estão se instalando e uma está em fase de ampliação
(LaFarge).
Com isso, a produção de cimento deverá
quadruplicar, chegando a 10 milhões de toneladas anuais. Em maio, a
Votorantim Cimentos assinou um protocolo de intenções com o governo da
Paraíba para a instalação de uma unidade no Estado, com investimento
previsto de R$ 700 milhões.
Segundo a empresa, a nova fábrica terá capacidade
para produzir 2 milhões de toneladas de cimento por ano, e deve entrar
em operação dentro de 24 meses. "Durante a obra serão gerados 1,8 mil
postos de trabalho na fase de pico da construção e, na operação da
fábrica serão oferecidos 200 postos de trabalho diretos e mil
indiretos", diz Edvaldo Rabelo, diretor executivo global de Energia,
Sustentabilidade e Segurança da Votorantim Cimentos.
A logística do Estado, o crescimento expressivo do
mercado no Nordeste e a concessão de incentivos fiscais foram
determinantes na escolha. "O potencial econômico do mercado paraibano
fica evidente em iniciativas como a construção do Distrito Industrial de
Caaporã, autorizada recentemente, e na estrutura logística, com a
proximidade dos portos de Cabedelo, Recife e Suape e dos aeroportos da
Região Metropolitana de João Pessoa e Recife", diz Rabelo.
Outra cimenteira que vai se instalar na Paraíba é a
Brennand Cimentos. A empresa escolheu a cidade de Pitimbu para fincar o
pé no mercado nordestino. "Além da facilidade logística para
distribuição do cimento pelo Nordeste, especialmente no arco que vai de
Alagoas ao Ceará, a Paraíba dispõe de reservas de calcário e demais
matérias-primas para a fabricação de cimento e facilidades portuárias
para recebimentos de máquinas e outros insumos", explica José Eduardo
Ferreira Ramos, presidente da Brennand Cimentos.
Mas a vocação econômica da Paraíba não se limita ao
setor cimenteiro. "Temos vocação para os setores têxtil, calçadista,
tecnologia da informação, comércio, turismo", enumera Tatiana Domiciano,
diretora-presidente da Cinep. "O crescimento populacional influencia
positivamente a indústria da construção civil e estimula a realização de
investimentos em gêneros da indústria de transformação, desde artefatos
de inox, granito, pré-moldados, móveis e vestuário, assim como o
extrativismo mineral não-metálico".
A onda de crescimento também atrai investimento
externo. "O grupo americano McQuilling Services LLC está investindo R$
1,9 bilhão na construção de um estaleiro em Lucena, no Litoral Norte.
Segundo a empresa, será o maior estaleiro de reparos e docagens de
navios do Hemisfério Sul", comemora Tatiana.
Enquanto isso, a Paraíba se firma como um
importante polo de calçados. O Estado abriga importantes unidades de
grandes empresas do setor, como a São Paulo Alpargatas e a Penalty.
"Decidimos concentrar nossa produção em poucos Estados, em 2006, para
ganhar escala", explica Márcio Utsch, diretor-presidente da Alpargatas.
"Na Paraíba, tivemos incentivos fiscais e tínhamos mão de obra bem
treinada lá. Apesar do aumento no custo logístico, o ganho de escala com
a concentração de operações compensou". Além da Paraíba, a empresa
mantém operações no Rio Grande do Norte, Pernambuco e no Norte de Minas.
Paulo Ricardo de Oliveira, presidente da Penalty,
diz que a companhia migrou sua fábrica de chuteiras do interior de São
Paulo para a Paraíba há 12 anos, movida a incentivos fiscais e a alta
qualidade da mão de obra. "O trabalhador paraibano tem baixo índice de
absenteísmo e de turnover", diz.
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