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domingo, 31 de maio de 2015

PARAÍBA

Locais com pouca segurança poderão não ter mais acesso a serviços bancários na PB

Municípios pequenos ou grandes são alvos de ataques e Ministério Público da Paraíba está reunindo instituições bancárias, gestores municipais, além das instituições policiais para ação unificada
Ataques a bancos se proliferam
Ataques a bancos se proliferam
A violência contra instituições bancárias poderá fazer com que postos e unidades de atendimento eletrônico passem a funcionar somente em locais que garantam infraestrutura de segurança, como shoppings por exemplo ou prédios que ofereçam esquema de vigilância e deem mais tranquilidade aos usuários.

A cobrança está sendo feita pelo Ministério Público da Paraíba a instituições bancárias por conta do alto número de ataques a bancos que, em pouco mais de três anos, já chega a 429 ocorrências no estado.

Os dados colhidos pelo Ministério Público da Paraíba mostram também que o tamanho do município não importa quando se fala em quantidade de ocorrências. Segundo o MP, tanto grandes cidades do estado como pequenas são alvo dos bandidos.

Entre as cidades com maior incidência de ataque estão João Pessoa, Campina Grande, Livramento e Olivedos.

Na maioria dos pequenos municípios não há estrutura de policiamento. Muitos têm apenas dois policiais para enfrentar grupos de dez e até 20 homens fortemente armados; as agências e caixas eletrônicos por estarem sem segurança acabam sendo alvo fácil para os bandidos.

O promotor público Guilherme Lemos informou que reunirá representantes das instituições bancárias dos municípios onde mais houve incidência de ataques até o fim deste mês de maio para reiterar essa providência que considera necessária. "É preciso que se dê estrutura mínima para tentar diminuir a situação de perigo em que se encontra esse setor de serviços", opinou.

Ele alertou para o perigo de se instalar caixas de atendimento eletrônico em postos de gasolina, farmácias, padarias, supermercados ou qualquer estabelecimento que não tenha um mínimo de infraestrutura de vigilância e segurança para quem vai usar desse serviço.

Além dos representantes das instituições bancárias, os gestores municipais, principalmente daqueles pequenos municípios alvo desse tipo de violência, também serão convocados a participar da reunião que, segundo ele, deve acontecer em Campina Grande.

Nessas cidades, os gestores devem seguir a mesma orientação e só permitir a instalação não só de agências e caixas eletrônicos, mas também de correspondentes bancários em locais com estrutura de segurança para abrigá-los. "A preocupação é grande nessas cidades, por isso queremos discutir como pode-se dar mais segurança aos usuários".

Regulamentação

Em uma reunião realizada na segunda-feira (20) pelo Ministério Público da Paraíba com representantes da Secretaria de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Exército, ficou acertado o prazo de até 60 dias para a regulamentação da Lei estadual 10.228 que traz no artigo primeiro a proibição do funcionamento de caixas eletrônicos ou instituições que movimentem recursos sem um sistema de segurança que tenham um parecer favorável da secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba.

O artigo 4 da mesma Lei obriga as instituições financeiras a instalar dispositivos de segurança nas agências e nos postos de serviço.

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