Locais com pouca segurança poderão não ter mais acesso a serviços bancários na PB
Municípios
pequenos ou grandes são alvos de ataques e Ministério Público da
Paraíba está reunindo instituições bancárias, gestores municipais, além
das instituições policiais para ação unificada
Ataques a bancos se proliferam |
A cobrança está sendo feita pelo Ministério Público da Paraíba a instituições bancárias por conta do alto número de ataques a bancos que, em pouco mais de três anos, já chega a 429 ocorrências no estado.
Os dados colhidos pelo Ministério Público da Paraíba mostram também que o tamanho do município não importa quando se fala em quantidade de ocorrências. Segundo o MP, tanto grandes cidades do estado como pequenas são alvo dos bandidos.
Entre as cidades com maior incidência de ataque estão João Pessoa, Campina Grande, Livramento e Olivedos.
Na maioria dos pequenos municípios não há estrutura de policiamento. Muitos têm apenas dois policiais para enfrentar grupos de dez e até 20 homens fortemente armados; as agências e caixas eletrônicos por estarem sem segurança acabam sendo alvo fácil para os bandidos.
O promotor público Guilherme Lemos informou que reunirá representantes das instituições bancárias dos municípios onde mais houve incidência de ataques até o fim deste mês de maio para reiterar essa providência que considera necessária. "É preciso que se dê estrutura mínima para tentar diminuir a situação de perigo em que se encontra esse setor de serviços", opinou.
Ele alertou para o perigo de se instalar caixas de atendimento eletrônico em postos de gasolina, farmácias, padarias, supermercados ou qualquer estabelecimento que não tenha um mínimo de infraestrutura de vigilância e segurança para quem vai usar desse serviço.
Além dos representantes das instituições bancárias, os gestores municipais, principalmente daqueles pequenos municípios alvo desse tipo de violência, também serão convocados a participar da reunião que, segundo ele, deve acontecer em Campina Grande.
Nessas cidades, os gestores devem seguir a mesma orientação e só permitir a instalação não só de agências e caixas eletrônicos, mas também de correspondentes bancários em locais com estrutura de segurança para abrigá-los. "A preocupação é grande nessas cidades, por isso queremos discutir como pode-se dar mais segurança aos usuários".
Regulamentação
Em uma reunião realizada na segunda-feira (20) pelo Ministério Público da Paraíba com representantes da Secretaria de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Exército, ficou acertado o prazo de até 60 dias para a regulamentação da Lei estadual 10.228 que traz no artigo primeiro a proibição do funcionamento de caixas eletrônicos ou instituições que movimentem recursos sem um sistema de segurança que tenham um parecer favorável da secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba.
O artigo 4 da mesma Lei obriga as instituições financeiras a instalar dispositivos de segurança nas agências e nos postos de serviço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário