Chuva forte e queda de granizo assustam moradores de cidades do Agreste paraibano
Região é marcada pela estiagem e pelas altas temperaturas.Fenômenos atípicos causaram também a interrupção de energia elétrica em pelo menos seis cidades do interior do estado
Internauta impressionado com o granizo no Agreste |
Alagoa Nova, no Agreste paraibano, Matinhas e Massaranduba, na região metropolitana de Campina Grande, a 125 km de João Pessoa, enfrentaram fortes chuvas, ventanias, raios, trovões e a queda de granizo na noite dessa segunda-feira (17).
Granizo é a forma de precipitação que consiste na queda de pedaços irregulares de gelo, comumente chamados de pedras de granizo. Essas pedras, na Terra, são compostas por água no estado sólido e medem entre cinco e 200 mm de diâmetro, sendo as pedras maiores provenientes de tempestades mais severas.
As imagens com os pedaços de gelo nas ruas já circulam pelas redes sociais. O internauta Falbanez Chaves, morador de Alagoa Nova, compartilhou na fanpage do Portal Correio algumas fotos que comprovam as ocorrências naturais.
“Dia 17/02/2014, esse dia vai ficar marcado na memória do alagoanovense, um temporal que nunca foi visto na região assustou com muita chuva, vento e o mais incrível, até granizo caiu!”, diz, admirado com o estrago provocado em várias residências e num posto de combustível da cidade.
Também pela fanpage do Portal Correio, o internauta Júnior Herculano mostrou imagens da situação em Massaranduba.
Foto: Residências tiveram estrutura comprometida
Créditos: Reprodução/Facebook/Júnior Herculano
A meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), Marle Bandeira, explica que o Agreste paraibano está sob condições para ocorrência de chuvas de granizo e isso tem relação com o vórtice ciclônico que passou por outras cidades da mesma região, nessa segunda-feira.
A última vez que houve chuva de granizo na Paraíba foi em novembro de 2013, na cidade de Juazeirinho, pelas mesmas razões meteorológicas.
Créditos: Reprodução/Facebook/Júnior Herculano
A meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), Marle Bandeira, explica que o Agreste paraibano está sob condições para ocorrência de chuvas de granizo e isso tem relação com o vórtice ciclônico que passou por outras cidades da mesma região, nessa segunda-feira.
A última vez que houve chuva de granizo na Paraíba foi em novembro de 2013, na cidade de Juazeirinho, pelas mesmas razões meteorológicas.
Chuvas
Seis cidades da Paraíba ficaram parcialmente sem energia na Paraíba, nessa segunda-feira, de acordo com a assessoria de imprensa da Energisa, concessionária de energia elétrica do estado. A interrupção temporária foi provocada pela incidência de fortes chuvas e ventos nas regiões do Agreste, Brejo, Curimataú e parte do litoral. O fornecimento foi interrompido em pontos de Itabaiana, Caldas Brandão, Gurinhém, Massaranduba, Alagoa Nova e João Pessoa.
Uma das localidades cidades mais atingidas foi Gurinhém, localizada a 75km de João Pessoa na região do Agreste da Paraíba. No distrito de Boqueirão, o teto de dois postos de combustíveis foi destruído, casas foram destelhadas, muro caído e árvores derrubadas pela força dos ventos.
A localidade ficou às escuras por horas devido à queda de torres de alta tensão. Ainda na região do Agreste, as cidades de Itabaiana e Caldas Brandão, ficaram sem energia elétrica. O abastecimento já foi normalizado.
As fortes chuvas também ocorreram no município de Remígio, no Agreste. A intensidade das águas elevou o nível da Lagoa Parque Remígio, situada no centro da cidade, e o local ficou temporariamente intransitável.
No Cariri paraibano, as chuvas trouxeram esperança para os agricultores de Taperoá, cidade localizada a 250 km de João Pessoa. Por volta das 19h40, segundo os moradores, foram registradas as primeiras ocorrências de chuvas. Algumas ruas do centro da cidade ficaram alagadas e a população comemorou. Taperoá está na lista das cidades que tiveram a situação de emergência decretada em virtude da seca.
Em João Pessoa, a noite de segunda também foi de muita chuva. Algumas avenidas ficaram alagadas e em alguns trechos o tráfego foi interrompido. Segundo a Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) da Capital, o trânsito ficou lento em alguns pontos, mas sem congestionamento. Não foi registrado acidente.
FONTE: PORTAL CORREIO
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