Professores da UFPB se reúnem nesta quarta e podem decidir pelo fim da greve
Comando local diz que encerramento de mobilizações em outras universidades enfraquece movimento
Os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em greve desde 17 de maio, realizam amanhã mais uma assembleia para avaliar o movimento e podem decidir pelo fim da paralisação. Embora a determinação nacional seja pela continuidade, o comando local afirma que a decisão dependerá da avaliação interna e da análise do texto da lei orçamentária enviada pelo governo ao Congresso na semana passada. Os professores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovaram na semana passada a volta ao trabalho e essas decisões podem influenciar o posicionamento dos docentes da UFPB.
Segundo o professor Marcelo Sitcovsky, do comando de greve, os grevistas encerram hoje a análise técnica do orçamento enviado ao Congresso, para avaliar se será possível, do ponto de vista jurídico, ainda pleitear alguma alteração. “Nós vamos ver se há algo a questionar e decidir se vamos focar no Congresso e se a greve vai continuar”, afirma.
De acordo com Marcelo, o encerramento da greve em outras instituições pode enfraquecer o movimento na UFPB e forçar uma saída do movimento. “Nós não vamos ficar sós nessa greve. Se com quase todas as universidades no movimento foi difícil conseguir alguma coisa, com a redução fica mais complicado”, afirma.
O comando nacional de greve recomendou na semana passada a continuidade do movimento e, segundo Marina Barbosa, presidente do Andes, a paralisação continua em 52 universidades. Além da UnB e da UFRJ, a greve acabou também na Federal do Ceará (UFC), Federal de São Carlos (UFSCar) e Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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