Representante da Presidência diz em JP que espera justiça para 'estupro de Queimadas'
Aline
Yamamoto está na Capital para acompanhar julgamento; mentor do crime
será julgado nesta quinta-feira em João Pessoa, dois anos depois de
festa que acabou com duas mulheres estupradas e mortas
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Vítimas foram estupradas e mortas |
A
coordenadora geral de Acesso à Justiça e Combate à Violência da
Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República,
Aline Yamamoto, está em João Pessoa para acompanhar nesta quinta-feira
(24) o julgamento do mentor do estupro coletivo de Queimadas, Eduardo
dos Santos Pereira, de 37 anos. Ele é acusado de planejar o crime que
culminou na morte de duas mulheres
Ele
vai a júri popular na tarde desta quinta-feira (25) no 1º Tribunal do
Júri de João Pessoa, no Fórum Criminal. O crime aconteceu em fevereiro
de 2012, em Queimadas, Região Metropolitana de Campina Grande, e outras
nove pessoas já foram condenadas, sendo seis adultos e três menores.
Aline
Yanomoto concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (24)
na Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH), na Rua Odon
Bezerra, em Tambiá, na Capital.
Aos jornalistas, ela disse que
espera que a justiça seja feita no caso do estupro coletivo de
Queimadas e também falou que está atenta aos casos de violência contra
mulher, afirmando que o Governo Federal tem acompanhado o andamento dos
casos de
Aryane Thays e da
professora Briggida Lourenço, que também tiveram repercussão nacional.
Yamamoto
também participou do programa Cidade Alerta Paraíba, na TV Correio HD,
onde comentou sobre o julgamento. "Confiamos na justiça Paraibana, já
que nove pessoas envolvidas no caso de Queimadas foram condenadas".
No
programa, ela ainda defendeu a atuação da Lei Maria da Penha e as
medidas de proteção adotadas para garantir a segurança da mulher, que
dependem não só do Estado, mas também da atitude das vítimas, que
precisam vencer o medo de denunciar.
O julgamento
O julgamento do mentor foi
tranferido para João Pessoa no dia 12 de junho deste ano, devido à grande repercussão do caso no Brasil.
De acordo com o Tribunal de Justiça da Paraíba, o
julgamento poderá acompanhado por um telão no sexto andar do Fórum Criminal,
porque, segundo o diretor do Fórum, juiz Geraldo Emílio Porto, disse
que “se espera muita gente, pela repercussão do caso. Por isso, esse
espaço será preparado e terá capacidade, em média, para oitenta
pessoas”.
Conforme informações da gerente do Fórum, Liana Urquiza
de Sá, o Plenário do 1º Tribunal do Júri tem capacidade para 80
pessoas, algumas fileiras serão reservadas para familiares e as demais
estarão abertas ao público, em geral. A direção do Fórum informou,
ainda, que, caso necessário, será disponibilizado também o 1° andar do
Fórum, com mais um telão para a transmissão do Júri Popular.
O caso
A
professora Isabela Pajuçara Frazão Monteiro, de 27 anos, e a
recepcionista Michelle Domingues da Silva, de 29 anos foram estupradas e
mortas no dia 12 de fevereiro de 2012.
De acordo com a polícia, o
plano foi arquitetado pelos irmãos Eduardo e Luciano Pereira dos
Santos, de 22 anos. O estupro seria ‘um presente’ de Luciano para
Eduardo.
Em uma festa de aniversário para Eduardo, sete adultos e
outros três adolescentes - que cumprem medida socioeducativa no Lar do
Garoto, em Campina Grande - simularam uma invasão na casa e estupraram
as convidadas do anfitrião. Como duas delas teriam reconhecido os
agressores, eles as executaram.
No mesmo ano, a juíza Flávia
Baptista Rocha, da comarca do município de Queimadas, condenou Luciano
dos Santos Pereira a 44 anos de prisão; Luan Barbosa Casimiro a 27 anos;
Fernando França Silva Junior a 30 anos; Jacó Sousa a 30 anos; José
Jardel Souza Araújo a 27 anos; e Diego Domingos a 26 anos e seis meses.
Todos foram condenados por estupro, formação de quadrilha, porte ilegal
de armas e cárcere privado.
FONTE: PORTAL CORREIO