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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

POLÍTICA


Estela diz em nota que foi vítima de institutos de pesquisas que induziram o 'voto útil'

Na nota, Estela demonstra certa mágoa e afirma que foi vítima de uma "campanha subterrânea, ceivada de preconceitos, que apostou alto na discriminação e intolerância da sociedade"

Estela Bezerra

Estela Bezerra
Passada a ressaca da eleição, a candidata Estela Bezerra (PSB), que perdeu a segunda vaga para continuar no páreo pela Prefeitura de João Pessoa por apenas 671 votos, se pronunciou nesta segunda-feira (8), por meio de nota oficial.
Estela começa a nota agradecendo aos 74.498 pessoenses que apostaram nela para comandar a Capital, bem como a cada militante que esteve na rua defendendo suas propostas e seus projeto de gestão. Ela diz também que sai desse processo mais fortalecida desse processo e que entrou na política pela porta do trabalho. "Aprimorei meus conhecimentos na administração municipal, colaborando com a gestão de Ricardo Coutinho, que resgatou o caráter público da administração.
Na nota, Estela demonstra certa mágoa e afirma que foi vítima de uma "campanha subterrânea, ceivada de preconceitos, que apostou alto na discriminação e intolerância da sociedade".
A nota encerra dizendo que Estela se sente com o dever cumprido. "Soubemos construir uma campanha propositiva, pensando em soluções reais para as demandas da cidade".
Confira a nota na íntegra:

NOTA

Agradeço o voto de confiança que obtive de cada uma das 74.498 pessoas que no dia 7 de outubro saíram de suas casas decididas a dar continuidade à mudança política e de modelo de gestão que nossa cidade começou a experimentar a partir de 2005. Agradeço a garra, a alegria e o fôlego de nossa militância que, em cada rua por onde passamos, em cada debate que enfrentamos, soube ser singular na criatividade e elegância. Não se deixou cair na cilada do baixo nível dos ataques morais que sofremos nesse processo.

Encerro esse ciclo com mais maturidade e fortalecida, mas com grande pesar no coração. Entendo que as escolhas feitas resultam da disputa e dos agentes que nela atuaram. Tivemos que lidar com a manipulação de “institutos de pesquisas”, que de maneira desonesta apostaram na tese do voto útil e a instrumentalizaram vergonhosamente contra nossa candidatura. Fomos sempre colocados para baixo. Os resultados das urnas não me deixam mentir. Enfrentamos ainda uma campanha subterrânea, ceivada de preconceitos, que apostou alto na discriminação e intolerância da sociedade. Quantas vezes tive que responder a questões sem relevância para a administração pública? Enfrentei a prática de quem faz da política um lugar de vaidade, favorecimento pessoal e demagogia. Nada disso me abateu.

Entrei na política pela porta do trabalho, vinda de uma experiência com base no diálogo, na reivindicação de direitos e formulação de políticas públicas. Aprimorei meus conhecimentos na administração municipal, colaborando com a gestão de Ricardo Coutinho, que resgatou o caráter público da administração. Os avanços construídos nesse período se perderam. João Pessoa viverá um grande retrocesso. As marcas desse retrocesso já estão presentes nas obras arrastadas, nas contratações irregulares e eleitoreiras e na má gestão do dinheiro público. Práticas clientelistas e patrimonialistas que já haviam sido superadas.

Trago em mim o sentimento do dever cumprido. Soubemos construir uma campanha propositiva, pensando em soluções reais para as demandas da cidade. Andamos de cabeça erguida e coração aberto por todos os lugares. Aprendi muito com o povo de João Pessoa e com as companheiras e companheiros que apostam na integridade e no trabalho para a construção de um futuro melhor e mais digno para a nossa cidade. Sigo com a crença que a política deve ser povoada de pessoas comuns, de pessoas de bem que façam da verdade e da transparência exercício do cotidiano.

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