Dilma tem pior rejeição entre todos os presidentes em início de mandato
Nunca um eleito chegou a 44% de “ruim/péssimo” tão cedo
Popularidade em baixa fragiliza petista em meio ao petrolão
A pesquisa Datafolha realizada nos dias 3 a 5.fev.2015 tem uma verdade muito incômoda para a presidente Dilma Rousseff: nunca um eleito teve uma rejeição tão alta em tão pouco tempo como ela durante a atual fase democrática do país.
Este Blog tem e montou a seguinte tabela para ficar mais claro o tamanho do problema enfrentado pela petista:
Quando se observam as outras taxas da pesquisa Datafolha, Dilma apenas empata tecnicamente com FHC entre os que acham o governo bom ou ótimo –comparando o resultado de hoje com o do início do segundo mandato do tucano. A petista tem 23% de aprovação contra 21% do tucano em fevereiro de 1999.
Há, entretanto, uma diferença relevante. Os eleitores em 1999 pareciam um pouco mais condescendentes com FHC, pois ele tinha menos rejeição (apesar da crise econômica). Naquela época, havia também mais pessoas estacionadas no grupo que considerava a administração tucana regular –39% contra os 33% atuais de Dilma.
O contraste básico entre a petista e todos os seus antecessores em início de mandato (na atual fase democrática do país) é que a conjuntura atual mistura dificuldades econômicas com uma crise de aspecto político, com as acusações de corrupção se avolumando no caso conhecido como petrolão.
É óbvio que o país sempre teve crises políticas. Itamar Franco assumiu o Planalto depois de Fernando Collor ter sido afastado num processo de impeachment. O problema (para o governo) é que desta vez a disrupção na política atinge diretamente o partido da presidente (o PT). Pior: muitos eleitores acham que Dilma tinha conhecimento do que estava se passando.
Segundo o Datafolha, 86% dos brasileiros tomaram conhecimento dos casos de prisões de pessoas acusadas de corrupção na Petrobras. Para 52%, Dilma Rousseff “sabia e deixou que ocorresse” a corrupção na estatal (no final deste post, esses números estão listados em uma tabela).
Uma curiosidade: o percentual dos que acham que a presidente da República sabia do que se passava na Petrobras (52%) é quase idêntico ao que ela obteve de votos válidos (51,64%) para se reeleger em 2014. O adversário da petista era o tucano Aécio Neves, que teve 48,36%.
Só 3,4 milhões de votos separaram PT e PSDB na eleição presidencial de 2014. Foi a menor diferença em um 2º turno desde a redemocratização do Brasil.
E AGORA?
Qual a consequência disso tudo? Para Dilma representa uma fragilidade grande no momento em que precisa de uma parte da opinião pública para ajudá-la a atravessar o deserto que será 2015.
No Congresso, será necessário apoio de deputados e de senadores para aprovar medidas amargas na área econômica.
Também será necessário ter muita força política no Congresso para barrar tentativas de paralisar o governo, com eventuais pedidos de impeachment –já ventilados abertamente pela oposição.
Popularidade em baixa fragiliza petista em meio ao petrolão
A pesquisa Datafolha realizada nos dias 3 a 5.fev.2015 tem uma verdade muito incômoda para a presidente Dilma Rousseff: nunca um eleito teve uma rejeição tão alta em tão pouco tempo como ela durante a atual fase democrática do país.
Este Blog tem e montou a seguinte tabela para ficar mais claro o tamanho do problema enfrentado pela petista:
No início de 1999, bem no começo do segundo mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso, houve uma grave crise econômica.
FHC
teve de fazer uma desvalorização brutal no real logo depois de sua
segunda posse. O Brasil passou por uma profunda crise econômica –para os
petistas, o país estava falido. Mas o tucano era rejeitado então por
36%. A taxa dos que repudiam o governo Dilma hoje é de 44%.Quando se observam as outras taxas da pesquisa Datafolha, Dilma apenas empata tecnicamente com FHC entre os que acham o governo bom ou ótimo –comparando o resultado de hoje com o do início do segundo mandato do tucano. A petista tem 23% de aprovação contra 21% do tucano em fevereiro de 1999.
Há, entretanto, uma diferença relevante. Os eleitores em 1999 pareciam um pouco mais condescendentes com FHC, pois ele tinha menos rejeição (apesar da crise econômica). Naquela época, havia também mais pessoas estacionadas no grupo que considerava a administração tucana regular –39% contra os 33% atuais de Dilma.
O contraste básico entre a petista e todos os seus antecessores em início de mandato (na atual fase democrática do país) é que a conjuntura atual mistura dificuldades econômicas com uma crise de aspecto político, com as acusações de corrupção se avolumando no caso conhecido como petrolão.
É óbvio que o país sempre teve crises políticas. Itamar Franco assumiu o Planalto depois de Fernando Collor ter sido afastado num processo de impeachment. O problema (para o governo) é que desta vez a disrupção na política atinge diretamente o partido da presidente (o PT). Pior: muitos eleitores acham que Dilma tinha conhecimento do que estava se passando.
Segundo o Datafolha, 86% dos brasileiros tomaram conhecimento dos casos de prisões de pessoas acusadas de corrupção na Petrobras. Para 52%, Dilma Rousseff “sabia e deixou que ocorresse” a corrupção na estatal (no final deste post, esses números estão listados em uma tabela).
Uma curiosidade: o percentual dos que acham que a presidente da República sabia do que se passava na Petrobras (52%) é quase idêntico ao que ela obteve de votos válidos (51,64%) para se reeleger em 2014. O adversário da petista era o tucano Aécio Neves, que teve 48,36%.
Só 3,4 milhões de votos separaram PT e PSDB na eleição presidencial de 2014. Foi a menor diferença em um 2º turno desde a redemocratização do Brasil.
E AGORA?
Qual a consequência disso tudo? Para Dilma representa uma fragilidade grande no momento em que precisa de uma parte da opinião pública para ajudá-la a atravessar o deserto que será 2015.
No Congresso, será necessário apoio de deputados e de senadores para aprovar medidas amargas na área econômica.
Também será necessário ter muita força política no Congresso para barrar tentativas de paralisar o governo, com eventuais pedidos de impeachment –já ventilados abertamente pela oposição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário