Produção de petróleo no Brasil em 2014 supera projeção do Goldman Sachs
A produção de petróleo no Brasil em 2014 superou em 24 mil barris por dia a projeção feita pelo grupo financeiro Goldman Sachs em relatório publicado no mês de outubro. Dados consolidados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) indicam produção média de 2,254 milhões de barris por dia (bpd) no ano passado, enquanto em 2015, de acordo com números do Boletim Mensal de Produção atualizados em 1º de junho, a produção nacional nos quatro primeiros meses já é o dobro de 15 anos atrás para o período.
O relatório publicado pela instituição financeira em outubro do ano passado previa um aumento de 206 mil bpd da produção nacional de petróleo em 2014 mas, oito meses depois, resultados da ANP mostram que a oferta saltou de 2,023 milhões em 2013 para 2,254 milhões no ano passado, um aumento de 230 mil bpd (11%) entre os dois anos.
À época da publicação, o relatório destacava que a produção "frustrante" entre os segundos trimestres de 2012 e 2013 por conta da queda da oferta da Bacia de Campos e um início lento na extração do Pré-sal estava ficando para trás.
Nesta sexta-feira (12), segundo informações da Petrobras, a extração no Pré-sal bateu recordes, alcançando a marca de 726 mil bpd e aumento de 1,6% em relação ao mês de abril, que teve números correspondentes a 715 mil bpd. Abril encerrou o melhor quadrimestre da história da produção de petróleo no país, dobrando os números conquistados 15 anos atrás, quando a produção média para o primeiro quadrimestre foi de 1,166 milhão de bpd, contra números de 2,427 milhões de bpd em 2015.
Com crescimentos mensais, o Pré-sal tem aumentado sua participação na produção nacional. Entre janeiro e abril deste ano houve queda na oferta, passando de uma média de 2,469 milhões para 2,394 milhões de bpd, o que também impulsionou o aumento do percentual de participação do Pré-sal nesses números, subindo de 27% para 29%.
Mesmo pessimista, relatório projetou cotação maior para o preço do barril
Mesmo fazendo as projeções mais pessimistas entre as instituições financeiras para os preços do petróleo, o Goldman destacou que o cenário ruim não seria uma ameaça à sustentabilidade de projetos na Bacia de Santos, uma das que que fazem parte do conglomerado do Pré-sal, por conta de seu baixo custo de manutenção.
O relatório diminuiu a previsão para a cotação do Brent no primeiro trimestre de 2015 de US$ 100 para US$ 85 por barril, entretanto, a queda foi maior ainda, com média de US$ 60 no período.
Apesar de a cotação do barril de petróleo seguir movimento de queda, os custos de produção também têm decaído, segundo informações do site da Petrobras. No segundo trimestre de 2014 (período com dados mais antigos disponíveis), os custos de produção incluindo a participação governamental estavam em US$ 32,60. Já no primeiro trimestre de 2015, este valor diminuiu, para US$ 20,05.
FONTE: Jornal do Brasil
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