Montadoras cortam 12,5 mil vagas no ano, mesmo com redução do IPI
A indústria de veículos cortou 12.568 postos de trabalho de janeiro
até novembro em relação ao mesmo período de 2013, segundo dados da
Anfavea, entidade que representa as montadoras.
Os cortes
aconteceram apesar de um acordo feito com o governo para manter a
redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
O corte do IPI foi
anunciado em maio de 2012, entre as medidas do governo para tentar
estimular a economia brasileira em meio à crise global. Em
contrapartida, as montadoras haviam se comprometido a reduzir preços e a
não demitir funcionários.
A proposta do governo era, aos
poucos, ir aumentando o imposto, até retornar ao nível original. Isso,
no entanto, foi sendo adiado sucessivamente. Agora, a previsão é de que o
IPI volte ao normal em 2015.
As montadoras alegam que foi
cumprido o combinado, uma vez que os cortes foram gerados por programas
de demissão voluntária, fechamento de vagas por aposentadoria, fim de
contratos temporários e acordos com sindicatos.
"Estamos dentro
do compromisso assumido (com o governo) de 147 mil postos de trabalho",
disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.
A indústria encerrou novembro com cerca de 146,2 mil trabalhadores.
Corte do IPI foi usado pela primeira vez em 2008/2009
O governo usou pela primeira vez o recurso do IPI menor sobre veículos
para amenizar os efeitos da crise econômica global de 2008 e 2009 sobre o
setor automotivo, que representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto
(PIB) industrial do Brasil.
Depois de ter sido recomposta, a
alíquota do IPI sobre automóveis e comerciais leves foi novamente
reduzida no fim de maio de 2012, com a finalidade mais uma vez de
aquecer o consumo e estimular a economia.
FONTE: Uol
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