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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

GREVE

 Peritos do INSS aderem à greve e situação dos segurados se complica



A adesão dos peritos do INSS à greve multiplicou os problemas dos segurados que tentam se aposentar ou simplesmente conseguir o auxílio-doença. Já são mais de dois meses de paralisação e nem sinal de acordo. Sobrou, mais uma vez, para o trabalhador, que faz o agendamento e dá de cara com a porta fechada nos postos. Pessoas já doentes, ou em recuperação, chegam aos postos com muito sacrifício e só lá ficam sabendo se vão ser atendidas ou não. E não há garantia nem de que as perícias que estão sendo reagendadas vão ser mesmo realizadas na nova data.
O caldeireiro Osmar de Sousa foi ao INSS em Teresina tentar remarcar uma perícia médica. Não conseguiu. “Além de eu ter muitas pessoas prejudicadas, a situação de quem precisa do INSS é muito precária, muito ruim mesmo”, diz Osmar.
Em Goiânia, Vanderlei tenta se aposentar: “Só falam que atende só para perícia e não tem previsão”, queixa-se.
Desde o dia 7 de julho os servidores do INSS estão em greve. Pedem 27% de aumento. O governo federal ofereceu 10,8%. Na sexta-feira (4) os peritos do INSS também entraram em greve.
O Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário alerta que a greve dos peritos prejudica principalmente quem precisa se aposentar. “Para conseguir se aposentar por invalidez, ou por tempo de contribuição, que precisa dos laudos de insalubridade, que quem avalia é a perícia, ou aposentadoria especial, que também quem avalia é a perícia do INSS, vai ficar bastante prejudicado com a greve porque não terá essa analise administrativa”, explica a vice-presidente do Instituto, Adriana Bramante.
A greve também prejudica quem vai em busca do auxílio-doença: “Quem não deu entrada tem a situação bastante preocupante, porque está desamparado. O auxílio-doença é um benefício que substitui o salário dele e se ele não tiver o benefício, a empresa garante 15 dias. Depois, a partir do 16º dia, é a cargo da Previdência, e se a Previdência não suprir essa falta, ele vai ficar desamparado”, completa Adriana.
Em uma agência em Natal e em outra, em Maceió, chegou a cair pela metade a quantidade de peritos trabalhando.Em um posto do INSS em Santo André, na Grande São Paulo, várias pessoas que foram até lá e que estavam com a perícia marcada voltaram para casa sem atendimento. Os funcionários chegaram a colocar um aviso dizendo que depois do meio-dia não haveria perícia para ninguém.
A doméstica Maria Aparecida Lopes Garrido diz que faz cinco meses que ela caiu e quebrou o pé. Ela está afastada do trabalho e vem recebendo o auxílio-doença. Na terça-feira (8) Maria tinha uma perícia marcada, mas não foi atendida. Agora, teme perder o benefício. “Eu fico com receio. Mas é porque eu não estou podendo trabalhar”, diz.
Na portaria, um funcionário informou que a perícia da Maria foi remarcada para o próximo dia 24. “Saí de casa com chuva, com o pé doendo, porque eu não posso colocar bota, tem que colocar sandália, vim com o pé todo molhado e chega aqui não é atendida”, reclama.
Rosana Lemes diz que foi diagnosticada com câncer no estômago em 2007 e desde aquela época tenta se aposentar. Conseguiu marcar uma perícia para terça-feira (8) à tarde, mas quando chegou no posto do INSS ficou sabendo que não ia ser atendida. A perícia foi remarcada para daqui a duas semanas. “A gente vem, faz o exame e dá sempre indeferido, e vai e volta, vai e volta, não tem como resolver esse negócio, é um descaso”, queixa-se.
Os funcionários do INSS vão discutir uma contraproposta do governo federal. Os peritos que pararam na última sexta-feira (4) ainda nem começaram a negociar.


FONTE: G1 

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