Dilma deve dar sete pastas ao PMDB para contemplar Temer e deputados
Para atender às reivindicações do
vice-presidente Michel Temer e da bancada do PMDB na Câmara, a
presidente Dilma Rousseff deve entregar ao seu principal aliado sete
ministérios na reforma administrativa que deve ser anunciada nos
próximos dias. Entre as pastas que devem passar para o comando dos
peemedebistas está o cobiçado Ministério da Saúde, dono do maior
orçamento da Esplanada dos Ministérios.
Na tentativa de se reaproximar dos
deputados do PMDB, Dilma ofereceu dois ministérios à bancada
peemedebista. Além da Saúde, a petista sinalizou que um deputado do
partido iria chefiar o Ministério da Infraestrutura, pasta que seria
criada com a fusão de Transportes, Portos e Aviação Civil.
No entanto, o vice-presidente Michel
Temer pretendia emplacar na vaga o ministro Eliseu Padilha (Aviação
Civil). Para não entrar em atrito com o vice, Dilma desistiu da fusão
das pastas de infraestrutura e sinalizou que manteria Padilha na
Esplanada dos Ministérios.
Na reestruturação do primeiro escalão,
a presidente também prometeu aos senadores do PMDB o comando de dois
ministérios. Porém, a petista sofreu pressões para manter no governo os
ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Hélder Barbalho (Secretaria
da Pesca), filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA).
Apesar de, oficialmente, os principais
caciques do PMDB afirmarem que abriam mão de indicar nomes para a
reforma ministerial, nos bastidores a queda de braços entre os grupos
políticos peemedebistas geraram um impasse que inviabilizou que as
mudanças fossem anunciadas na semana passada.
Inicialmente, a presidente da
República pretendia dar seis ministérios ao PMDB, mas, para evitar uma
nova crise com o aliado, ela concordou em ampliar o espaço da legenda
para sete pastas.
Segundo o G1 apurou,
foram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio de
Janeiro Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) que aconselharam a presidente a
não se ater à promessa anunciada anteriormente de cortar 10 ministérios.
Eles disseram que seria melhor cortar, por exemplo, nove ministérios e
atender às demandas do PMDB.
A expectativa é de que Dilma escolha
dois nomes da bancada do PMDB na Câmara para o Ministério da Saúde e a
Secretaria de Portos, que continuará com status de ministério. Ficarão
nos cargos, como indicação da bancada do partido no Senado, a ministra
Kátia Abreu (Agricultura), e Eduardo Braga (Minas e Energia).
Para atender às reivindicações de
Jader Barbalho, o atual ministro da Pesca, Helder Barbalho, iria para a
Aviação Civil. Já Eliseu Padilha, que hoje ocupa a Aviação Civil, iria
para outro ministério, ainda não definido.Henrique Eduardo Alves
continuaria à frente de uma pasta ligada ao Turismo.
Segundo líderes partidários ouvidos pelo G1,
o Planalto deixou de “sobreaviso” as pessoas indicadas pelas bancadas
das legendas na Câmara e no Senado. Eles poderão ser chamados para uma
conversa ainda nesta terça e o anúncio oficial pode sair nesta quarta
(30).
FONTE: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário