Bandidos se passam por instaladores de TV e internet para assaltar casas em JP
Segundo
testemunhas, eles fingem que vão fazer alguma manutenção e acabam
entrando em imóveis ao enganar moradores; operadoras e a polícia
orientam sobre como proceder
Um dos casos teria acontecido em um condomínio no bairro do Miramar, na Zona Leste de João Pessoa. Segundo uma jovem moradora do local, os bandidos teriam chegado ao local durante o período da tarde e pedido para conversar com a síndica. Na conversa, eles alegaram ser funcionários da NET e que estariam lá para realizar uma manutenção antipirataria.
“Eles se identificaram como sendo da NET, estavam fardados, mas chegaram aqui com um caminhão baú, dizendo que fariam uma manutenção antipirataria no condomínio. A síndica recusou a visita e disse que não havia solicitado manutenção. Eles insistiram, mas a síndica não os deixou entrar, então foram embora”, contou a jovem.
No mesmo dia, o sinal de internet do condomínio foi cortado e, segundo a jovem, ela recebeu uma ligação solicitando que fosse feita uma vistoria nos equipamentos durante a noite.
“Com a internet bloqueada em todo o condomínio eu recebi uma ligação de um homem afirmando ser funcionário da NET e que queria vir ao prédio no horário da noite para fazer uma manutenção e restabelecer o sinal. Estranhei porque ele sabia meu nome completo e nome de outros moradores. Neguei a autorização e ele desistiu”, disse a jovem, que acionou a polícia.
A jovem informou que acionou a NET para saber se a empresa teria mandado funcionários para manutenção dos equipamentos do local, mas a empresa negou o fato e disse que só envia os seus funcionários com solicitação dos clientes.
Outros casos foram relatados por internautas. Confira os relatos abaixo:
O delegado Ragner Magalhães disse ao Portal Correio que a Polícia Civil tem conhecimento de casos de bandidos vestidos como funcionários de operadoras e tentando roubar residências da Capital. Ainda segundo o delegado, a polícia está investigando os relatos. "Normalmente, os funcionários dessas companhias não são autorizados a fazer reparos no interior das casas dos clientes. Entre em contato com a empresa antes de autorizar a entrada", disse o delegado.
Ele deu mais orientações. "A Polícia Civil da Paraíba orienta a população a registrar o Boletim de Ocorrência, a fim de apurar o fato em toda a sua extensão e possibilitar um planejamento na repressão qualificação aos respectivos delitos".
As empresas NET e Claro informaram que não possuem registros de relatos como este na Paraíba, mas têm conhecimento de quadrilhas que estariam utilizando o nome das empresas para tentar assaltos em outras regiões do Brasil.
Ainda segundo a assessoria de comunicação das duas operadoras, todas as visitas de funcionários em casas ou condomínios ocorrem apenas com solicitação prévia dos clientes e com devida identificação.
A Sky, por meio da assessoria, disse que os clientes devem tomar providências para que pessoas de má fé não se aproveitem. A Sky informou também quem a empresa só realiza visita aos clientes em caso de solicitação prévia do cliente, através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), que informa ao consumidor um número de protocolo que registra a ordem de serviço.
Esse número de protocolo deve ser informado pelo funcionário da Sky no momento da identificação, para comprovar ao consumidor a autenticidade da visita. Ainda segundo a empresa, os funcionários são devidamente identificados com crachá e fardamento.
Mesmo com as orientações, em caso de dúvidas, a Sky disponibiliza o número 10611 para que o cliente se certifique de que está recebendo uma visita devidamente autorizada.
Já a Oi, também por meio da assessoria, informou que adota um rigoroso sistema de fiscalização junto às suas equipes técnicas e prestadores de serviço. A empresa também pede, mesmo durante uma visita solicitada, que os clientes exijam dos funcionários a devida identificação antes de recebê-los.
A Oi informou ainda que todos os funcionários são obrigados a utilizarem uniformes e crachá de identificação, onde consta o número de matrícula do colaborador.
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