Maranhão menospreza força do PT e diz que Cássio ensaia candidatura
De acordo com o peemedebista o PT não tem força suficiente para formar uma chapa majoritária para disputa do Governo do Estado
O ex-governador e presidente do PMDB da Paraíba, José Maranhão, em entrevista nesta segunda-feira (11), ao programa Rede Debate (RCTV), falou sobre as conjunturas políticas para as eleições de 2014. De acordo com o peemedebista o PT não tem força suficiente para formar uma chapa majoritária para disputa do Governo do Estado. Maranhão afirmou também que o senador Cássio Cunha Lima ‘ensaia’ candidatar a governador da Paraíba.
De acordo com o ex-governador, “o PT precisa crescer muito ainda para ter um candidato”. Segundo ele, para se tornar postulante ao cargo do chefe do executivo é necessário “força própria e não apenas o da legenda”. Maranhão destacou que o desejo do PMDB é formar uma aliança com os petistas, mas salientou que o seu partido não abrirá mão da cabeça da chapa.
“A legenda do PT na Paraíba não é de muita força. Ganhou a prefeitura de João Pessoa, mas a Paraíba tem 223 municípios. É preciso considerar isso também, esperamos que o PT seja nosso aliado, mas evidente que o PMDB não poderá abrir mão da cabeça de chapa. O nome de maior expressão no PT hoje é o de Luciano Cartaxo, mas ele não será candidato porque está em início de mandato e isso não seria visto com simpatia por seus eleitores", disse.
Maranhão afastou a possibilidade da colocação de três candidaturas para o Governo. Para ele, na disputa só haverá situação e uma oposição. Apesar da afirmação, o peemedebista declarou que tem acompanhado os ‘movimentos’ do senador Cássio Cunha Lima, que segundo ele, estuda se candidatar novamente.
“Cássio se insinua como candidato. Está na cara que ele se insinua e tem dito às suas amizades e isso acaba vazando. Ele pode ser um candidato e aí poderia surgir um cenário de três candidaturas”, contou.
Outro que teve a força de votos desprezada por Maranhão foi o ex-prefeito Luciano Agra (sem partido). “Eu vejo a candidatura de Agra da mesma forma que as pessoas vêem. Ele quer disputar mesmo é outro cargo, no legislativo.
A entrevista também abordou a ausência do ex-governador Maranhão nos eventos que a presidente Dilma Rousseff participou na semana passada na Paraíba. O peemedebista afirmou que faltou estimulo para comparecer as solenidades. “Não me senti estimulado a participar. Só me sensibiliza o que é de interesse publico. Até hoje não conheço nenhum projeto da presidente Dilma para Paraíba. A presidenta e seu Governo ignoraram até agora a Paraíba”, criticou.
Como exemplo do desinteresse do Governo Federal, ele citou o atraso na transposição das águas do rio São Francisco. Para Maranhão, “a questão da seca não se resolve apenas visitando as obras da transposição”. Dando continuidade as críticas, o peemedebista desferiu que enquanto “o governo Dilma não olha o problema da seca, não falta providências, por exemplo, para socorrer a indústria automobilística”.
Questionado se o PMDB da Paraíba havia rompido com o PT nacional, Maranhão negou. Ele defendeu que os peemedebistas tenham olhar crítico para com a gestão da presidente Dilma. “PMDB e PT não é uma questão terminal, ela pode ser revista”, disparou.
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