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sexta-feira, 27 de março de 2015

BRASIL


Alta média do PIB no governo Dilma é a menor desde mandato de Collor

Avanço médio de 2011 a 2014 foi de 2,2% ao ano.
Maior PIB médio anual foi do governo de Itamar Franco, de 1993 a 1995.

 

O crescimento médio da economia brasileira no primeiro mandato de Dilma Rousseff, de 2011 a 2014, foi de 2,2% ao ano. Apesar de o resultado ter sido positivo, foi o menor avanço desde o governo de Fernando Collor de Mello, de 1990 a 1992, que apresentou queda de 1,29% ao ano.
"Dilma pegou um ambiente exterior desfavorável. Aqui dentro, o que mudou foi a matriz macroecômica, com controle de preços, aumento das despesas e estimulo ao crédito. A partior do final de 2012, todo mundo começou a por o pé no breque, percebendo que a gestão era temerária", disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) Davi Simão Silber.
Entre os presidentes que governaram o país desde 1985, a maior média anual foi do mandato de Itamar Franco, de 1993 a 1995, quando o PIB cresceu 5,4% ao ano.
"O que puxa o PIB no governo do Itamar foi o desempenho da economia nos últimos seis meses de mandato dele, quando o país vivia aquela euforia do plano real. O PIB cresceu muito por isso", afirmou Silber.
Na sequência, entre as maiores altas, aparecem as registradas no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (de 2006 a 2010), quando atingiu 4,56%. Na sequência, aparecem os PIBs do primeiro mandato de Lula (de 2001 2005) e de Sarney – ambos ficaram em 3,49%.

 
 


No governo de Fernando Henrique Cardoso, o crescimento ficou perto de 2,5%. No primeiro mandato, de 1995 a 1998, a alta média foi de 2,5% e no segundo, de 2,3%, segundo cálculos do matemático José Dutra de Oliveira Sobrinho.
Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229.
Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%. Em 2013, de acordo com dados revisados, a economia havia crescido 2,7%.
Os números apresentados pelo IBGE já foram calculados com base na nova metodologia, que incluiu dados que não existiam e mudou a classificação de alguns itens. 
“O que contribuiu para o crescimento foram os serviços e, negativamente, foi a indústria”, afirmou Rebeca de La Rocque Palais, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

PIB do Brasil foi o 4º pior em lista de 34 países

Com o crescimento econômico de 0,1% em 2014, o Brasil ficou na 31ª posição num ranking do PIB de 34 países.
Segundo a lista elaborada pela Austin Rating,  o PIB do país no ano passado só não foi pior do que o do Japão (0%), da Finlândia (-0,1%) e da Itália (-0,4%).
A China se manteve na liderança o ranking, com um crescimento de 7,4%, seguida por Índia (7,2%) e Malásia (6%).

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