Mesmo com a proposta de antecipar reajuste, professores da rede estadual anunciam greve
Mesmo com a proposta do governador Ricardo Coutinho de estudar a antecipação da segunda parcela do reajuste concedido no início deste ano, prevista para ser paga no mês de outubro, os professores da rede estadual de ensino decidiram nesta terça-feira (31) deflagrar greve. A proposta do governo foi apresentada na última segunda-feira durante reunião com os diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Paraíba (Sintep) e da Associação dos Professores em Licenciatura Plena (APLP).
De acordo com o presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP), Francisco Fernandes, a greve atinge todas as escolas do Estado e cerca 16 mil docentes estarão de braços cruzados e 830 estabelecimentos de ensino de portas trancadas. Francisco Fernandes disse que as principais reivindicações dos professores são: aumento salarial e revisão no Plano de Cargos e Carreira (PCCR) da categoria.
Ainda sobre a antecipação do reajuste, o governador explicou que vai depender de como se comportará o quadro financeiro do Estado até o 2º semestre do ano. Apesar da situação econômica pela qual passa o país, o Governo do Estado concedeu um reajuste de 9% no vencimento dos professores e funcionários, sendo 4,5% pagos em janeiro e 4,5% no mês de outubro. Também foi concedido um reajuste de 13,01% para a adequação ao piso nacional da categoria referente à carga horária de 30 horas semanais. Ainda na reunião, o governador deu sinal verde para a formação de uma comissão para revisar o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do magistério (PCCR).
Durante a reunião, Ricardo Coutinho apresentou aos representantes dos professores e servidores da educação documentos que demonstram a situação fiscal e econômica do Estado e o quadro de estagnação econômica do país que refletem nos Estados com as quedas de receita. "Sabemos da importância dos professores e os últimos reajustes superaram a inflação, a exemplo do ano passado em que o reajuste foi de 13% porque a economia do Brasil e da Paraíba possibilitou. Este ano, em meio às dificuldades, chegamos a 9%, que foi o índice máximo para continuarmos honrando os nossos compromissos", ressaltou.
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