Governo Federal cria força-tarefa para combater crescimento da microcefalia no Nordeste
Força-tarefa
integrada por 17 ministérios será para tentar conter o avanço dos casos
no Nordeste de microcefalia; Paraíba investiga 21 casos da doença
Ministro Marcelo Castro |
As ações deverão começar nos próximos dias e também serão concentradas para a eliminação do mosquito Aedes Aegypti, que transmite o zika vírus, a dengue e a chikungunya. O anúncio foi feito durante evento com representantes da Saúde da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.
Na Paraíba, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado, 21 casos estão em investigação. No Nordeste já são 399 registro da doença. Na próxima terça-feira (24), um novo boletim epidemiológico será divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado com os números atualizados de microcefalia.
O Ministério da Saúde decretou situação de emergência em saúde por conta do surto da anomalia em recém-nascidos. A pasta já registrou 399 casos de microcefalia na região Nordeste, até a terça-feira (17), em sete estados do Nordeste. O MS enviou orientações sobre notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia.
Relação com zika vírus
A relação entre o zika vírus e a microcefalia ganhou força porque o micro-organismo foi identificado em duas gestantes da Paraíba. Elas apresentaram sintomas da infecção durante a gravidez e carregavam bebês com microcefalia confirmada.
Os casos foram descobertos por pesquisadores do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Eles descobriram a presença do genoma do vírus Zika em amostras das gestantes, com fetos diagnosticados com microcefalia por meio de exames de ultrassonografia. O vírus — transmitido pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti — estava no líquido amniótico, que envolve o feto durante a gestação.
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