Cássio diz que não fará movimento isolado dentro do PSDB por aliança com Ricardo Coutinho
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) parece que cada vez mais
está numa sinuca de bico. Aquela jogada que o oponente vai levando o adversário
a apenas uma jogada arriscada. A questão aí é saber quem é o adversário, o
governador Ricardo Coutinho (PSB) ou os ‘camaradas’ do partido que pressionam
por sua candidatura ao governo do estado neste ano.
O tucano foi um dos defensores da aliança com o PSDB em
2010. A aliança foi crucial para levar o ‘Mago’ ao Palácio da Redenção. Todavia,
agora o ex-governador parece cada vez mais isolado dentro do partido na defesa
da manutenção da aliança. Mesmo ele dizendo que preferiria manter-se no Senado
até 2018, para só então disputar o governo, como teria sido acordado em
princípio com Coutinho.
Em entrevista nesta segunda-feira na inauguração de uma
rádio em Uiraúna, Cássio explicou que a definição de qual rumo o partido irá
tomar deve ser feitas entre janeiro e fevereiro.
“Teremos seguramente que ainda no mês de janeiro, mais
tardar fevereiro, fazer uma reunião da Executiva do Partido para que possamos
definir mecanismos de consulta. Eu particularmente acho que o partido deve ser
escutado da melhor forma e da maneira mais ampla possível. O PSDB tem uma
presença muito forte no estado inteiro e precisamos criar... não tenho nenhum modelo
pronto ainda para isso, mas (precisamos criar) um mecanismo de consulta que
deverá ser deliberado pela Executiva do partido para que tenhamos uma decisão
que seja reflexo do desejo da maioria”, pontuou o senador, referindo-se a
aferição do desejo real da filiados ao PSDB, se querem mesmo a candidatura dele
há um desejo de manutenção da aliança.
Movimento solo - Questionado qual seria sua defesa, sua opinião pessoal na reunião da Executiva, o senador garantiu que não defenderá sozinho a manutenção da aliança, admitindo que se fizesse isso sua opinião teria um peso considerável, mas a discussão de uma candidatura sua teria que passar por uma consulta mais ampla, além de caciques como Cícero Lucena e Ruy Carneiro.
“Na reunião da executiva o que eu estarei defendendo é a
fixação de uma critério de consulta onde o partido possa se manifestar. O que
eu quero é que o partido possa se manifestar. Eu quero ouvir o partido na sua
representação de base. Eu quero ouvir os aliados, eu quero ouvir as pessoas
para que a minha decisão seja a mais respaldada possível. Não vou fazer um
movimento solo. Não quero fazer um movimento isolado. Portanto, o que eu
estarei defendo na Executiva é a fixação de sistemas e critérios objetivo de
consulta onde o partido possa ser ouvido”, argumentou.
Sobre sua candidatura – O senador voltou a agradecer que seu
nome esteja sendo lembrado para uma nova candidatura ao governo do estado, mas
reafirmou que a decisão de sua candidatura ou não será tomada no tempo
adequado. Sobre o desempenho dessa aliança nós podemos nos posicionar.
“Eu particularmente fico muito honrado. A minha responsabilidade
cresce ainda mais como uma alternativa para disputar o governo do estado dentro
daqueles que defendem a tese da candidatura própria do PSDB. Então, no tempo
certo, sem açodamento...”, explicou.
Afastando a idéia que o partido estaria preso até 2018 com o
acordo firmado com Ricardo Coutinho em 2010, o senador ressaltou a liberdade
nas decisões partidárias. “Essas questões já estão postas, até porque já
entramos no ano eleitoral. Vamos conversar com as forças políticas e vamos
deliberar tempestivamente, no tempo próprio sobre essas questões. Dentro da
legitimidade que todo partido tem para tomar as suas decisões... Os partidos
podem fazer determinadas alianças, mas são autônomos no que diz respeito as
deliberações que devem tomar aos pleitos subseqüentes”, finalizou.
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