Após polêmica sobre Trauma, Waldson veta entrada de pacientes que não são politraumatizados
Após a polêmica envolvendo o hospital de Trauma sobre a
retenção de macas do Samu, o que teria acarretado um óbito por demora no
resgate, o secretário da Saúde da Paraíba, Waldson de Souza, resolveu pedir que
seja feita regulação de quais pacientes devem ser remetidos ao Trauma. O
secretário lembrou que segundo protocolo nacional, nenhuma unidade móvel do Samu
pode remover paciente sem regulação prévia.
“Essa regulação significa que os hospitais podem se preparar
para receber o paciente. Daqui para
frente vamos ter uma condição muito clara de postura do Hospital de trauma. Não
é possível que um hospital funcione sem ter a chance e a capacidade de receber
bem quem quer que seja”, desabafou o secretário em entrevista coletiva nesta
quinta-feira (31).
Segundo o secretário, agora pacientes fora do perfil não
devem mais ser atendidos pelo Trauma. “Hoje, inclusive pacientes de oncologia,
doenças infectocontagiosas, pacientes crônicos, são encaminhados para o
Hospital. Temos que evitar essa demanda. Outras portas de entrada terão que receber
esses pacientes”, argumentou.
Waldson explica que o hospital não pode deixar de atender a
população politraumatizada que hoje ocupa mais de 60% dos leitos - ocupados com
acidentes automotivos. “Já fizemos isso com a direção: a revisão do processo de
regulação.
“O trauma tem que receber politraumatismo, acidente com arma
de fogo, arma branca. Por si só esses pacientes já dão uma grande demanda. Agora
o Samu, sem contato prévio chegar e deixar o paciente esperando maca... (sendo
assim) o protocolo é que a maca fica até a liberação do leito, se houvesse uma
regulação resolveria o processo inteiro’, explicou.
Quem faz a regulação
– Segundo o secretário, essa regulação de para onde devem ser encaminhados os
pacientes não está sendo feito. Waldson revelou que a regulação deve ser feita pelo próprio Samu, em
contato entre as ambulâncas e entre o Samu e os hospitais por telefone. A
conversa é feita diretamente em contato médico a médico.
Quem pode receber os
pacientes – “Todos podem ser porta de entrada, dependendo do caso
especifico. Hoje só o Trauma sofre com o debate, as unidades do município e as
privadas deverão receber os pacientes. A gente não vai ficar sofrendo com um
debate que não está sendo verdadeiro.
Como exemplo, o secretário explicou que os pacientes oncológicos
devem ser encaminhados para as referências em oncologia, como o hospital Laureano.
Para os tratamentos paliativos eles devem ser levados para o hospital São Vicente
de Paula, Santa Isabel, e outros hospitais da rede, como os filantrópicos conveniados ao
SUS. “Não podemos permitir pacientes oncológicos no Trauma”, finalizou.
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