Capital tem 3ª população mais obesa do país: 19,9%; mais da metade tem excesso de peso
Pesquisa do Ministério da Saúde revela que João Pessoa só perde para Natal e Rio Branco no quesito obesidade, mas 50,9% dos pessoenses deveriam emagrecer
Dados inéditos do Ministério da Saúde revelam que, pela primeira vez, o percentual de pessoas com excesso de peso supera mais da metade da população brasileira. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (27).
A pesquisa identificou que 19,9% da população de João Pessoa sofre de obesidade. Entre as capitais brasileiras, João Pessoa ficou em terceiro lugar (empatada com Maceió) como de maior índice de obesidade, sendo que 21,1% são do sexo masculino e 18,9% do sexo feminino.
No caso de Maceió (AL) os percentuais são invertidos entre os sexos. São 18,5% dos homens obesos e 21,1% de mulheres obesas.
Na frente de João Pessoa só Natal (RN) com 21,2% de obesos, sendo 19,9% de homens e 22,3% de mulheres; e Rio Branco (AC) com 21,3% de obeses, sendo 18,5% entre homens e 23,9% entre as mulheres.
Mais da metade da população pessoense (50,9%) também tem excesso de peso. Fora das medidas consideráveis saudáveis estão 55,3% dos homens e 47,3% das mulheres.
A pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostra que 51% da população (acima de 18 anos) está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de 43%.Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres, 48%.
A pesquisa identificou que 19,9% da população de João Pessoa sofre de obesidade. Entre as capitais brasileiras, João Pessoa ficou em terceiro lugar (empatada com Maceió) como de maior índice de obesidade, sendo que 21,1% são do sexo masculino e 18,9% do sexo feminino.
No caso de Maceió (AL) os percentuais são invertidos entre os sexos. São 18,5% dos homens obesos e 21,1% de mulheres obesas.
Na frente de João Pessoa só Natal (RN) com 21,2% de obesos, sendo 19,9% de homens e 22,3% de mulheres; e Rio Branco (AC) com 21,3% de obeses, sendo 18,5% entre homens e 23,9% entre as mulheres.
Mais da metade da população pessoense (50,9%) também tem excesso de peso. Fora das medidas consideráveis saudáveis estão 55,3% dos homens e 47,3% das mulheres.
A pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostra que 51% da população (acima de 18 anos) está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de 43%.Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres, 48%.
João Pessoa acompanha a tendência nacional. A frequência de obesidade e de excesso de peso na população da capital paraibana passou de 13,7% e 42% em 2006, para 19,9% e 50,9% respectivamente. O aumento ocorre tanto em homens quanto mulheres. Na capital da Paraíba, o percentual de homens obesos subiu de 15,8% para 21,1% e com excesso de peso de 47,8% para 55,3%. Entre as mulheres, os índices de obesidade aumentaram de 11,8% para 18,9% e de excesso de peso de 36,6% para 47,3%.
Na primeira edição do estudo, em 2006, 43,2% estavam acima do peso ideal e 11,4% eram obesos no Brasil. Atualmente, o percentual subiu para 51% e 17,4%, respectivamente. É a primeira vez que mais da metade da população brasileira está acima do peso.
O estudo inédito também revela que a obesidade cresceu no país, atingindo o percentual de 17% da população. Em 2006, quando os dados começaram a ser coletados pelo Ministério, o índice era de 11%. O aumento atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Na primeira edição da pesquisa, 11% dos homens e 11% das mulheres estavam obesos. Atualmente, 18% das mulheres estão obesas. Entre os homens, a obesidade é de 16%.
O estudo retrata os hábitos da população e é um importante instrumento para desenvolver políticas públicas de saúde e estimular os hábitos saudáveis. Nesta edição, foram entrevistados 45,4 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no país. “Os dados reforçam que a hora é agora. Se não tomarmos - o conjunto da sociedade, familiares, trabalho, agentes de governo -, as medidas necessárias, se não agirmos agora, corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como os do Chile e dos Estados Unidos. Por isso temos que agir fortemente", disse.
Alimentação
O estudo retrata os hábitos da população e é um importante instrumento para desenvolver políticas públicas de saúde e estimular os hábitos saudáveis. Nesta edição, foram entrevistados 45,4 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no país. “Os dados reforçam que a hora é agora. Se não tomarmos - o conjunto da sociedade, familiares, trabalho, agentes de governo -, as medidas necessárias, se não agirmos agora, corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como os do Chile e dos Estados Unidos. Por isso temos que agir fortemente", disse.
Alimentação
pesar da obesidade estar relacionada a fatores genéticos, há uma influência significativa do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados no aumento dos índices brasileiros. Forte aliado na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o consumo de frutas e hortaliças está sendo deixado de lado por uma boa parte da população de João Pessoa. Apenas 21,4% da população ingerem a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia.
Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 27,2% da população da cidade não dispensam a carne gordurosa e 46,4% consomem leite integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fieis – 14,7% dos pessoenses tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana. A pesquisa revela também que 34,7% da população da capital paraibana praticam de atividade física no tempo livre ou no lazer. Os homens (39,8%) são mais ativos que as mulheres (31%).
Combate à obesidade
Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é deter o crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou com obesidade.
Em março, o Ministério da Saúde criou a Linha de Cuidados da Atenção Básica para excesso de peso e outros fatores de risco associados ao sobrepeso e à obesidade até o atendimento em serviços especializados. A Atenção Básica vai proporcionar diferentes tipos de tratamentos e acompanhamentos ao usuário, o que inclui também atendimento psicológico.
A pessoa com sobrepeso (IMC igual ou superior a 25) poderá ser encaminhada a um polo da Academia da Saúde para realização de atividades físicas e a um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para receber orientações para uma alimentação saudável e balanceada. Atualmente, 82,1% dos 1.888 NASFs contam com nutricionistas; 85,7% com psicólogos e 61,6% com professores de educação física.
Toda a evolução do tratamento será acompanhada por uma das 37 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), presentes em todos os municípios brasileiros. O Programa Academia da Saúde é a principal estratégia para induzir o aumento da prática da atividade física na população. Até agora, já foram repassados R$ 175 milhões, de um total de investimento previsto de R$ 390 milhões.
A iniciativa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. Atualmente, há mais de 2,8 mil polos habilitados para a construção em todo o país e outros 155 projetos pré-existentes que foram adaptados e custeados pelo Ministério da Saúde. Na Paraíba, o Ministério da Saúde está investindo R$ 17 milhões na construção de 142 polos em todo o estado.
O Ministério da Saúde investe também em ações preventivas para evitar a obesidade em crianças e adolescentes, como o Programa Saúde na Escola (PSE), que este ano está aberto a todos os municípios e passa a atender creches e pré-escolas. Para 2013, está previsto o investimento de R$ 175 milhões. Outra medida é a parceria do Ministério com Federação Nacional de Escolas Particulares para distribuição de 18 mil Manuais das Cantinas Escolares Saudáveis como incentivo a lanches menos calóricos e mais nutritivos.
Avaliação do peso ideal
O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma forma para conhecer o estado nutricional do indivíduo. Para calculá-lo, basta dividir o peso em quilogramas pelo quadrado altura em metros (IMC = peso / altura x altura). O IMC é apenas um indicativo para descobrir se está no peso ideal. Outros fatores como sexo, idade, condicionamento físico devem ser levados em conta.
Dados de excesso de peso por capital:
Capitais/DF
|
Total (%)
|
Masculino (%)
|
Feminino (%)
|
---|---|---|---|
Aracaju
|
51,5
|
60
|
44,6
|
Belém
|
50,4
|
57,2
|
44,6
|
Belo Horizonte
|
48,1
|
52
|
44,7
|
Boa Vista
|
47,5
|
52,9
|
42,3
|
Campo Grande
|
56,3
|
61,4
|
51,6
|
Cuiabá
|
51,8
|
57,7
|
46,3
|
Curitiba
|
51,6
|
55,5
|
48,1
|
Florianópolis
|
48,6
|
50,2
|
47,2
|
Fortaleza
|
52,8
|
56,5
|
49,6
|
Goiânia
|
49,4
|
52,0
|
47
|
João Pessoa
|
50,9
|
55,3
|
47,3
|
Macapá
|
51,7
|
55,0
|
48,6
|
Maceió
|
52,4
|
56,4
|
49
|
Manaus
|
52
|
52,6
|
51,5
|
Natal
|
52,2
|
54,9
|
50,0
|
Palmas
|
45,3
|
53
|
38,1
|
Porto Alegre
|
54,1
|
59,9
|
49,3
|
Porto Velho
|
52,4
|
55,8
|
48,9
|
Recife
|
53,3
|
54,3
|
52,4
|
Rio Branco
|
53,9
|
57,8
|
50,3
|
Rio de Janeiro
|
52,4
|
54,7
|
50,4
|
Salvador
|
47,3
|
45,8
|
48,7
|
São Luís
|
45,3
|
52,3
|
39,5
|
São Paulo
|
52,1
|
56,1
|
48,6
|
Teresina
|
46,4
|
53,2
|
40,8
|
Vitória
|
48,0
|
55,2
|
42
|
Distrito Federal
|
46,6
|
49,3
|
44,2
|
Dados de obesidade por capital:
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Capitais/DF
|
Total (%)
|
Masculino (%)
|
Feminino (%)
|
---|---|---|---|
Aracaju
|
18
|
19,5
|
16,8
|
Belém
|
16,1
|
17
|
15,3
|
Belo Horizonte
|
14,5
|
13,3
|
15,5
|
Boa Vista
|
15,1
|
14,9
|
15,3
|
Campo Grande
|
21
|
19,6
|
22,3
|
Cuiabá
|
19,2
|
19,5
|
18,9
|
Curitiba
|
16,3
|
16
|
16,6
|
Florianópolis
|
15,7
|
16,2
|
15,4
|
Fortaleza
|
18,8
|
18,7
|
18,8
|
Goiânia
|
14
|
11,8
|
15,9
|
João Pessoa
|
19,9
|
21,1
|
18,9
|
Macapá
|
17,6
|
15,7
|
19,3
|
Maceió
|
19,9
|
18,5
|
21,1
|
Manaus
|
19,6
|
19,1
|
20
|
Natal
|
21,2
|
19,9
|
22,3
|
Palmas
|
15,7
|
15
|
16,4
|
Porto Alegre
|
18,4
|
17,8
|
18,9
|
Porto Velho
|
18,9
|
18,3
|
19,6
|
Recife
|
17,7
|
16,8
|
18,3
|
Rio Branco
|
21,3
|
18,5
|
23,9
|
Rio de Janeiro
|
19,5
|
17,1
|
21,5
|
Salvador
|
14,1
|
9,8
|
17,7
|
São Luís
|
13,2
|
14,2
|
12,3
|
São Paulo
|
17,8
|
17,6
|
18
|
Teresina
|
15,0
|
16,3
|
13,9
|
Vitória
|
15,5
|
17,0
|
14,2
|
Distrito Federal
|
14,3
|
13,5
|
14,9
|
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IMC
|
Classificação
|
---|---|
Abaixo de 18,5
|
Baixo peso
|
Entre 18,6 e 24,9
|
Peso ideal (parabéns)
|
Entre 25,0 e 29,9
|
Sobrepeso
|
Entre 30,0 e 34,9
|
Primeiro grau de obesidade
|
Entre 35,0 e 39,9
|
Segundo grau de obesidade
|
Acima de 40
|
Obesidade grave
|
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