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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

POLÍTICA

 

Briga política de sete meses atrapalha instalação do IFPB em Pedras de Fogo

A oposição acusa o prefeito Derivaldo Romão de se negar a ceder o terreno porque a instalação do IFPB teria sido autorizada pelo ministro da educação.

Prefeito de Pedras de Fogo, Derivaldo RomãoJá faz sete meses que o deputado estadual Manoel Júnior (PMDB) anunciou que o Governo Federal autorizou a instalação do Campus do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) na cidade de Pedras de Fogo, a 40 km de João Pessoa, mas até o momento o local para construção do prédio ainda não foi autorizado pela Prefeitura da cidade.
De um lado, a oposição acusa o prefeito Derivaldo Romão (PSB) de se negar a ceder o terreno, por um prazo de 20 anos, porque a instalação do IFPB teria sido autorizada pelo ministro da educação, Aloísio Mercadante, a Manoel Júnior.
Do outro lado, o prefeito se defende e explica que espera um parecer do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Educação para decidir sobre o assunto dentro da legalidade. Segundo o gestor, o objetivo é trazer o IFPB para cidade e promover a educação, contudo o espaço pedido para locação do instituto ainda está inconcluso e é necessário que seja terminado o convênio firmado com o Governo Federal para que ele seja cedido.
"Manoel Júnior coloca esse assunto na imprensa de forma equivocada para atingir a gestão. O local pedido faz parte de um convênio entre a prefeitura, firmado na gestão passada, com o Ministério da Ciência e Tecnologia. Acontece que temos um prédio inacabado, o Centro Vocacional Tecnológico. Ainda faltam 20% para a obra ser concluída. Já entramos em contato com a empresa para concluir o prédio e vamos falar com os ministérios para poder ceder o prédio, mas só podemos doá-lo depois que a construção for 100% concluída”, argumentou Derivaldo Romão.
O prefeito garantiu que nunca fez oposição para a instalação do campus. “Só posso fazer dentro da legalidade. Já entramos em contato com a empresa para concluir o prédio. Eu não colocarei nenhum empecilho para o campus vir para cá, jamais iria me opor isso. Já estive duas vezes em Brasília tentando resolver esse problema”.
No IFPB de Pedras de Fogo vão funcionar as instalações do Centro de Vocação Tecnológico (CVT). O campus contará com os cursos técnicos de Edificações, Manutenção Automotiva, Açúcar e Álcool, Transações Imobiliárias e Logísticas e dois cursos superiores: Construção de Edifícios e Gestão da Produção Industrial.
Pedras de Fogo tem uma população é estimada em 27.116 habitantes.De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é de 0,568; o PIB per capta é de R$ 7.839,61 e o município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.
Após a instalação do campus do IFPB, foi destinada uma emenda individual de Manoel Júnior no valor de R$ 1,4 milhão. Na semana passada, ele se reuniu com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante e o secretário executivo, José Henrique Paim, quando foi informado de que o impasse está longe de ser resolvido. Segundo o ministro, tão logo o termo de cessão chegue ao Ministério da Educação (MEC), serão feitos os investimentos necessários e as aulas serão iniciadas.
O prefeito Derivaldo Romão (PSB) tem maioria na Câmara dos Vereadores. Sua base aliada rejeitou o requerimento apresentado pela vereadora Isabella Maroja, que convocava, além do prefeito, o secretário municipal de Educação, o reitor do IFPB e o deputado Manoel Júnior para discutir o processo de doação ou cessão do CVT de Pedras de Fogo para a implantação do campus do IFPB em Pedras de Fogo.
Além da vereadora Isabella Maroja (PMDB), votaram pela realização da audiência pública, os vereadores Rivaldo Melo (PMDB), Nelson da Una (PRB), Jailson do Casadinho (PMDB), Leléu do Alternativo (PDT).

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