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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

PARAÍBA


Negociação entre MST e CEF põe fim a protesto que durou cerca de 6h em Patos e na Capital

Manifestantes interditaram avenidas principais das duas cidades paraibanas



 MST ocupa avenida Epitácio Pessoa



Representantes do Movimento Sem Terra (MST) e da Caixa Econômica Federal firmaram acordo e os manifestantes puseram fim ao protesto que começou por volta das 9h da manhã e se estendeu até parte da tarde desta quarta-feira (16) em João Pessoa e Patos, a 305 km da Capital.
Segundo a CEF, uma nota oficial será divulgada à imprensa para explicar como funcionou a negociação. A assessoria do MST informa que o órgão se prontificou em agilizar a reforma das mais de 3 mil casas dos assentamentos.
Representantes do Movimento ainda aguardam resposta do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre outras reivindicações e eles também têm reunião marcada com o Governo do Estado nesta quinta-feira (17).
A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) informa que o trânsito na Epitácio Pessoa, principal corredor da Capital, onde os manifestantes se concentraram, já está liberado, com tráfego normal.
O coronel Jeferson Pereira, do 1º Batalhão de Polícia Militar, disse que ninguém foi preso e não houve excessos por parte dos manifestantes.
Protesto
Cerca de 1.500 manifestantes do Movimento Sem Terra (MST) interditaram, entre 9h e15h, os dois sentidos de uma das principais avenidas de João Pessoa, a Epitácio Pessoa. Os grupos impediram o trânsito e ocuparam a agência da Caixa Econômica Federal. A Epitácio liga o Centro às praias urbanas da capital da Paraíba e ficou bastante congestionada.
O clima ficou tenso por volta das 12h, quando um batalhão da Polícia Militar chegou ao local e tentou liberar o tráfego dos veículos. Os manifestantes repeliram a ação policial e continuaram com o bloqueio. Segundo o coronel PM Jefferson Pereira, que comandou o batalhão, as pistas teriam que ser liberadas para a passagem dos ambulâncias do Samu.  Não houve acordo e os veículos tiveram que percorrer vias laterais.
Protesto semelhante foi registrado em Patos, na região do Sertão paraibano, a 305 km de João Pessoa.
De acordo com a coordenação do MST, as manifestações nas duas cidades tinham como objetivo contestar uma decisão do governo federal que transferiu do Incra para a CEF a responsabilidade sobre as moradias dos assentamentos em toda a Paraíba. Segundo os líderes, são 3.266 casas em todo o estado que precisam de reformas, mas agora dependem do Minha Casa Minha Vida. Eles informaram que só deixariam a Epitácio Pessoa depois que fossem recebidos pela gerência da Caixa Econômica.
O publicitário Ramon Melo, que trabalha nas imediações de onde ocorre o protesto, contou que a situação foi aparentemente tranquila, porque houve a presença de agentes de trânsito e de policiais organizando o tráfego e garantindo a segurança no local.
A Polícia Militar informou que pelo menos três ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficaram retidas por vários minutos no engarrafamento. O coronel Jeferson Pereira revelou ainda que identificou manifestantes com possíveis sinais de embriaguez. "Estamos em paz e queremos resolver através do diálogo, mas não vamos permitir excessos", disse o coronel.
Motoristas devem utilizar ruas paralelasFoto: Motoristas devem utilizar ruas paralelas
Créditos: Reprodução/ Câmeras da Semob
Patos
No Sertão da Paraíba, o MST ocupou uma agência da Caixa Econômica Federal no Centro de Patos, com os mesmos objetivos.
Conforme apuração do comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Cunha Rolim, o protesto interrompeu a movimentação de clientes no banco.
Segundo ele, a gerência da CEF em Patos também se dispôs a negociar com o MST.

Manifestação também acontece em Patos Foto: Manifestação também acontece em Patos   
Créditos: Reprodução/ Patos Online

Manifestação também acontece em Patos Foto: Manifestação também acontece em Patos
Créditos: Reprodução/ Patos Online

Onda de protestos do MST na Capital
O grupo de coordenação formado por integrantes do Movimento Sem Terra (MST), da Comissão Pastoral da Terra e do Movimento dos Atingidos por Barragens foi recebido, às 17h dessa terça-feira (15), por uma comissão do Incra da Paraíba. A reunião é uma das solicitações impostas pelo movimento, que desde esta segunda-feira (14), iniciou nova manifestação de luta pela reforma agrária no Estado. A principal exigência dos trabalhadores rurais é por maior empenho dos órgãos federal e estadual para desapropriação de terras.
Cerca de duas mil integrantes do Movimento Sem Terra (MST) ocupam a frente ao Incra da Paraíba, no bairro Pedro Gondim. Os manifestantes prometem permanecer acampados no local até que a pauta de reivindicação seja atendida pelo Incra.
De acordo com Miriam Silva, da coordenação do MST, também é exibido pelo grupo que a coordenação seja recebia pelo governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB). “Ontem enviamos solicitação de audiência com o governador. Esperamos ser recebidos ainda nessa quarta-feira”, disse.
Segundo ela, a previsão é ficar acampados na frente da sede até sexta-feira (18). “A nossa principal reivindicação é a desapropriação de terra. A última desapropriação feita pelo governo federal foi em junho de 2012. Ao Estado nossa principal solicitação também é desapropriação de algumas áreas. O governo prometeu firmar convênio com o Incra, mas até agora nada foi feito”, destacou Miriam Silva.
O movimento iniciou nessa segundo uma marcha estadual. O grupo saiu, por volta das 6h, do assentamento Wanderley Caixe, em Caaporã, a 45 quilômetros da Capital, e seguiu em direção Goiana (PE)/João Pessoa pela BR 101. As famílias acamparam no município do Conde, a 17 quilômetros da Capital. Eles retomaram a caminha nesta terça-feira por rodovias federais, passando pela avenida Cruz das Armas e pela Praça do Três Poderes, Centro da capital.
Por causa da marcha, alguns pontos da cidade tiveram problema no trânsito. As linhas de ônibus que seguem pela avenida Cruz das Armas tiveram que ser desviadas. O trânsito já foi restabelecido.
De acordo com a assessoria do Incra-PB, entre as ações promovidas pelo Incra, desde o surgimento do acampamento, no último mês de julho, estão: o cadastramento das famílias candidatas ao Programa Nacional de Reforma Agrária; a distribuição de cestas de alimentos do Programa Fome Zero do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), destinado a famílias em situação de vulnerabilidade nutricional; a distribuição de rolos de lona para minimizar o sofrimento das famílias que aguardam o processo de assentamento; o levantamento da cadeia dominial dos imóveis reivindicados pelas famílias acampadas; e a realização de estudo preliminar para verificar a viabilidade técnica da desapropriação dos imóveis pleiteados.

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