RC propõe pacto com Assembléia onde prevaleça o ‘bom senso e desarmamento de espíritos’
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) alfinetou a Assembleia Legislativa apontando que em três anos de seu governo ‘já dava para aprender um pouco’ e pediu que houvesse um ‘desarmamento dos espíritos’ na questão do reajuste para a Defensoria Pública.
Em entrevista nesta quarta (30), Coutinho apontou que o orçamento não é impositivo: “Não se pode fazer um orçamento e dizer que vai colocar tanto para tal obra... se fosse assim não teria o presidencialismo no Brasil, teria o parlamentarismo”, alfineta.
O socialista destacou que a Defensoria Pública ganhou autonomia no seu governo, mas que não por isso teria tratamento diferenciado dos demais poderes. Ele falou do reajuste igualitário de 6.7% e destacou que o que precisasse além disso, a Defensoria deveria tratar com o chefe do executivo.
“Não é sinal de uma emenda, mas se os deputados querem tirar o dinheiro da comunicação, o pouco que tem, seria bom que o próprio mercado da comunicação se pronunciasse sobre isso. Porque ficar jogando ‘para a galera’ que a comunicação não vale nada, que precisa ser zero e sair colocando recurso aqui e acolá no final das contas não vai porque o dinheiro do estado está tão pouco e tão dividido que não adianta esse tipo de situação...”, reclama.
Para Coutinho, já são três meses de governo e ‘já deu para a gente aprender um pouco’, ele propôs que os poderes ‘desarmassem os espíritos’ para ter o ‘mínimo de bom senso. O governador destacou que além da defensoria tem outras 900 reivindicações importantes e que não pode achar que ‘um pobre de um orçamento completamente engessado em 11% de dívida pública, 60% para pessoal, R$ 130 milhões para precatórios e mais uma série de coisas vai dar conta de tudo isso’, diz.
“Não é justo! É um debate inglório e não leva a canto nenhum”, reclamou o governador e apontou que ‘se tiver um pouco de maturidade’ pode-se avançar na base do diálogo.
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