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quarta-feira, 24 de julho de 2013

PERNAMBUCO

Após ataque de tubarão, Praia de Boa Viagem fica vazia no Recife

O ataque de tubarão que resultou na morte de uma turista paulista na última segunda-feira (22) afastou os banhistas da praia de Boa Viagem, no Recife.
Apesar do sol forte e das férias escolares, barraqueiros que oferecem cadeiras e guarda-sóis dizem que o movimento caiu 60% desde terça-feira (23), pois os banhistas ficaram receosos de entrar no mar.
A Folha esteve nesta manhã de quarta-feira (24) no trecho de praia que fica em frente ao edifício Acaiaca, onde concentra-se a maior parte dos banhistas.
Pouco antes das 10h, apenas uma aposentada e o neto dela, de 7 anos, estavam na areia. No mar, apesar da maré baixa e da proteção dos recifes de coral, não havia ninguém.
"Tem muita gente com medo de entrar na água. Estou deixando ele só ali onde tem as pedras e fico o tempo todo de olho porque ele é muito afoito. Não deixo ele ir para as ondas", disse a aposentada Maria Aydir Ferreira, 73.
O barraqueiro Paulo Rivalcy, 46, disse que ontem não ocupou nem 15 das suas 78 cadeiras. Segundo ele, que trabalha na praia há 12 anos, muitos banhistas trocaram o mar pelo chuveirão de água salgada.

 
Ataque de tubarão afasta banhistas da praia de Boa Viagem no Recife
"Ontem entraram na água algumas pessoas desavisadas, mas, quando tomavam conhecimento do ataque, saíam imediatamente", afirmou o comerciante.
Rivalcy diz que sempre alerta seus clientes a ficar com água somente até a cintura. "Se passar disso, é brincar de roleta russa", disse o barraqueiro que em 1999 presenciou o ataque ao surfista Charles Pires, hoje com 35 anos, que perdeu as duas mãos.
No dia seguinte, em homenagem a Charles, Paulo Rivalcy diz ter feito a tatuagem dos tubarões que exibe no tronco.
Os comerciantes da praia dizem que o novo ataque foi mais um golpe na atividade que já sofreu uma considerável queda, segundo eles, graças à Lei Seca.
Eles dizem que, caso o governo acate a recomendação feita nesta terça-feira (23) pelo Ministério Público de proibir o banho de mar em trechos da praia, será o fim do comércio da orla.
"Não tem cabimento. Houve uma época em que proibiram porque diziam que tinha cólera. Nós sofremos muito", disse o barraqueiro Severino José da Silva, 53, que trabalha na praia de Boa Viagem desde a década de 1980.
Desde 1992, Pernambuco registrou 59 ataques de tubarão com 24 mortes. A última vítima foi a turista paulista Bruna Gobbi, 18, morta na segunda-feira (24).
A família dela fazia a liberação do corpo no IML (Instituto Médico Legal) nesta manhã. O enterro a jovem está previsto para esta tarde, em Escada (a 63 km do Recife), onde vive a maior parte da família dela.

Folha

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