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sábado, 20 de julho de 2013

POLÍTICA


Ruy Carneiro quer reforma para 2014

Ele ressaltou que a reforma política já se arrasta há anos.
Ruy Carneiro


 
Ruy CarneiroO deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) defendeu ontem que alguns pontos da reforma política sejam votados este ano para que vigorem nas eleições de 2014. Nesta semana, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do Grupo de Trabalho (GT) instalado na Câmara Federal para discutir o tema, anunciou que as mudanças só terão validade para 2016.
Ruy Carneiro quer que o fim das coligações e o fim da reeleição para o Executivo entrem na pauta de discussões. “O fim das coligações fortalece os partidos. Já a reeleição no Executivo é nociva, porque no geral para quem está no mandato vale tudo para se reeleger”. Outro ponto defendido pelo parlamentar envolve a relação financeira da eleição. “É preciso acabar com a influência econômica do processo eleitoral. A questão financeira deturpa a eleição”.
Ele ressaltou que a reforma política já se arrasta há anos. “Não produzir nada com o Congresso para que tenha validade para 2014 é muito ruim. Os primeiros resultados precisam ser votados até o início de outubro para valer nas próximas eleições. Esse é o desafio da Câmara, pois o tema se arrasta há anos, e a população cobra essa resposta do parlamento”.
Ele sugeriu a elaboração de um calendário com o planejamento dos principais eixos da reforma. “O processo está equivocado, não podemos esperar para 2016, acredito que a origem dos graves problemas do Brasil está no modelo político. É preciso romper essa barreira que atrasa o desenvolvimento do Brasil”, alertou.
Ruy Carneiro acredita que a expectativa da população é que haja mudanças para o próximo ano. Uma das sugestões do deputado é consultar a população sobre as primeiras alterações sugeridas pelo Congresso Nacional durante a votação do próximo ano. “O eleitor vai às urnas votar nos seus candidatos e naturalmente poderá ser consultado sobre o tema. É eficiente e não gera despesa extra com o referendo”, defendeu.
O grupo de trabalho instalado na Câmara para formatar propostas para a reforma política foi instalado na última terça-feira. Os 14 parlamentares que integram o grupo terão 90 dias para concluir os trabalhos. Com esse prazo, as mudanças na legislação eleitoral não devem vigorar nas eleições de 2014.
O deputado federal Major Fábio (DEM) também acredita que não haverá tempo para votar a reforma política. “Os pontos mais necessários deveriam ser discutidos e votados rapidamente. Porque a sociedade exige a reforma política. Mas é possível que essa reforma completa não dê tempo. São questões muito polêmicas”. Ele reafirmou: “O Grupo de Trabalho deve ter dito que falta tempo hábil porque o próprio Tribunal Superior Eleitoral determina isso. É uma questão legal, já que estamos há menos de um ano das eleições do próximo ano”.
Major Fábio também é a favor do fim da reeleição no Executivo. “Alguns governadores passam cinco anos no poder, depois colocam um parente no lugar dele, como se não houvesse mais ninguém competente para se eleger. Sou contra a perpetuação no poder”. Ele também quer o fim da suplência para senador. Sobre o financiamento de eleições, opinou: “Se o Poder público viesse a patrocinar, deveria dar o direito a estudantes e a postulantes sem recursos. Muitas vezes as empresas não dão patrocínio porque acham que os candidatos não têm condições de disputar”.
O deputado Benjamin Maranhão (PMDB) também acha que alguns pontos da reforma deveriam ser votados logo, mas lembrou que “qualquer mudança na Constituição deve ser feita há um ano das eleições”. Ele é a favor da simplificação do processo eleitoral. “Para ocupar as vagas no parlamento, deveria se considerar a votação dos candidatos”, disse, mencionado o sistema proporcional em vigor hoje.

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