SEM AULAS NA PARAÍBA

Professores da rede estadual param e 400 mil alunos ficam sem aula

Cerca de 400 mil alunos da rede Estadual ficarão sem aulas, na Paraíba, a partir de amanhã até sexta-feira. A paralisação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep- PB). A categoria reivindica melhorias no Plano de Cargo, Carreira e Remuneração e apoio dos deputados para votação da Medida Provisória 196, que equipara o reajuste salarial da classe. De acordo com o Sintep-PB, nos último dez anos o sindicato contabiliza pelo menos uma greve anual, e declara que esse ano a greve deverá ocorrer no segundo semestre do ano letivo.

Além dos três dias de paralisação, o Sintep- PB está organizando um ato público para o próximo dia 21, no parque do povo, em Campina Grande, na Barraca do Servidor Público. O presidente do Sintep-PB, Antônio Arruda, afirmou que nenhum aluno será prejudicado com a paralisação, pois essas aulas serão ressarcidas para o cumprimento do calendário letivo.

A Medida Provisória 196 editada pelo governo estadual determina o reajuste automático para os servidores do magistério público Classe A, níveis I e II, sempre que este estiver abaixo do piso nacional. Segundo o presidente do Sintep-PB, Antônio Arruda, atualmente no Estado não existe nenhum servidor na Classe A, níveis I e II, pois para essa classe o último concurso ocorreu na década de 90.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Educação do Estado, afirmou que o secretário Harrison Targino, está aberto ao diálogo e já está sabendo das reivindicações dos professores, mas que ainda não sabe quando elas serão atendidas. Divulgou ainda que um concurso está sendo planejado para acontecer até o próximo ano.

Greves anteriores

Segundo o presidente do Sintep-PB, Antônio Arruda, nos últimos dez anos todos os anos ocorreram greves dos professores na Paraíba, e nunca todas as reivindicações são atendidas. Ano passado a greve durou um mês, de maio a junho. A maior greve dos últimos dez anos foi a de 2000, onde os professores estaduais ficaram 57 dias acampados em protesto, na Praça dos Três Poderes, na Capital.